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sábado, 18 de dezembro de 2010

Mortes como a de Diana, da novela Passione, estão em queda no Brasil

Mortes como a neste sábado (18) da personagem Diana, da novela Passione, da TV Globo, após complicações no parto estão em queda no Brasil, segundo dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde. Entre 1990 e 2007, as mortes causadas por complicações durante a gravidez, parto e pós-parto diminuíram 56%, passando de 126,5 para 55,5 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.




Ao longo desse período de 18 anos analisados pelo ministério, as mortes maternas causadas por doenças do aparelho circulatório complicadas em qualquer um dessas fases caíram 51% no Brasil. Os óbitos decorrentes de infecções pós-parto diminuíram 47% entre 1990 e 2007.



Diana, interpretada pela atriz Carolina Dieckmann, é diagnosticada como portadora da síndrome de Hellp, caracterizada pela destruição dos glóbulos vermelhos pelo rompimento da membrana plasmática, elevação das enzimas hepáticas e baixa quantidade de plaquetas. A doença é uma variação mais grave da hipertensão específica da gravidez e pode acontecer durante a gestação ou após o parto. Muitas vezes, o problema só é revelado em exames laboratoriais, quando a síndrome está avançada, o que aumenta os riscos de morte.



O médico Salmo Raskin, geneticista e diretor da Sociedade Brasileira de Genética Médica, explica que a síndrome pode causar danos também ao recém-nascido.



- O que as pessoas não imaginam é que o fato da mãe ter Hellp implica risco aumentado da criança recém-nascida desenvolver uma doença genética hereditária, que se não for diagnosticada, pode levá-la ao óbito.



A diminuição no Brasil das mortes por causas gerais, exceto aborto, durante a gravidez, parto e pós-parto acontece, segundo o Ministério da Saúde, pela ampliação do acesso aos cuidados hospitalares e aumento do acompanhamento da saúde das mulheres em qualquer uma dessas três fases. Atualmente, 98% dos partos no país são feitos em hospitais e 89% por médicos. Quase 90% das mulheres grávidas realizam ao menos quatro consultas pré-natal no SUS (Sistema Único de Saúde).





FONTE: R7

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