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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Heitor Martinez

Desde que estreou na Record, em 2005, Heitor Martinez tem acumulado papéis com intensa carga dramática, por vezes violenta. "Procuro não escolher muito. Penso em fazer algo mais leve. Mas, se aí chega um excelente personagem como este, eu aceito", justifica o ator, que refere-se ao Nicolau da novela "Ribeirão do Tempo". Foi assim em 2006 com o bandido Jackson, de "Vidas Opostas", em 2007 com o inescrupuloso Petrônio de "Amor e Intrigas" e até com o investigador de caráter dúbio Leandro da série "A Lei e o Crime", de 2009.






Na novela de Marcílio Moraes, Heitor vive um político vilão nada maniqueísta. Quando o personagem percebeu que o pai, o senador Érico, papel de Henrique Martins, era um empecilho para sua carreira política, resolveu que precisava se livrar dele. E assim o fez. De noite, assassinou o pai e na manhã seguinte estava ao lado da mãe Beatriz, vivida por Íris Brüzzi, para consolá-la. Tudo para Nicolau é possível. "Essa cena da morte foi difícil e muito marcante. A imagem de pai é uma coisa muito forte e não dá para não se envolver senão a cena fica fraca. Então é preciso abrir o peito e colocar muito da sua experiência de vida e do que o pai representa para você", relembra Heitor, que ficou aproximadamente quatro dias ainda emocionado com a cena.





A tirania de Nicolau não fica restrita a assassinatos. Ele também é mandante de ciladas, ameaça seus adversários e nem mesmo a bela e apaixonada Lílian (Bruna Di Tullio) foge de suas garras. "A gente tem até de se controlar para um não machucar o outro. Então tem de aliar essa coisa do sentimento com a técnica. A Bruna é uma atriz que se entrega muito e se exige demais. Teve gente que falou 'você não tinha de ter batido nela, tinha de ter batido na Arminda'", conta Heitor, entre risos, sobre a personagem de Bianca Rinaldi, seu par romântico na trama.





Entre tapas, beijos, armações e assassinatos, Heitor garante que está gostando muito do atual papel. "Para mim, dos autores que eu trabalhei, ele é o que eu mais me identifico",conta Heitor, referindo-se a Marcílio Moraes. A saída da Globo, logo após a novela "Senhora do Destino", de 2004, é vista com objetividade pelo ator. "Acabou a novela, acabou o meu contrato. Tive uma proposta e vim para cá. Não teve 'novela' nisso. É uma empresa que convida você para trabalhar", analisa.





Desde a sua estreia na TV, em 1995, na novela "Cara & Coroa", da Globo, o ator acredita que tem trilhado uma carreira bem tranquila de personagem em personagem. "Com a vinda para a Record, tive muito mais possibilidades. Meus papéis cresceram e eu pude mostrar alguma coisa a mais", encara. Mesmo de pazes com o passado e sem qualquer sombra de saudosismo, um papel que Heitor gostaria de fazer outra vez seria o Rolando, de "Uga-Uga", de 2000, da Globo. "Foi delicioso fazer porque ele era filho da Vera Holtz e neto do Lima Duarte. Comédia é uma coisa que eu gostaria de exercitar novamente", explica ele. Outro papel que marcou a carreira do ator foi o Jackson da novela "Vidas Opostas", da Record. "Ainda hoje as pessoas me param na rua para falar dele. Por incrível que pareça, eu era bem recebido pelas pessoas, mesmo o cara sendo um vilão sanguinário", afirma.





Em "Ribeirão do Tempo", Heitor Martinez, ainda que preferindo não arriscar sobre o futuro do político megalomaníaco Nicolau, torce para uma batalha entre os dois principais vilões da trama --o seu personagem e o professor Flores (Antônio Grassi). "Dramaturgicamente seria fantástico", aposta.





Fonte: UOL TV

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