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quarta-feira, 2 de março de 2011

Rute



                      

                
Por Elliana Garcia
A história de Rute se passa na época dos juízes, por volta de 1100 anos a.C (antes de Cristo). Ela era de Moabe, uma nação pagã, fruto do relacionamento incestuoso de Ló com a sua filha mais velha (leia Gênesis 19.36-37). Os moabitas eram inimigos do povo de Israel e Rute era considerada uma pessoa amaldiçoada.
Mas Deus tinha um plano para a vida de Rute. Ela foi pedida em casamento por Malom, um dos filhos de Elimeleque e Noemi, que haviam saído de Belém para a terra de Moabe. A nova família de Rute ficou na terra moabita por 10 anos, até que, Elimeleque sogro de Rute, e seus dois filhos morreram, deixando três mulheres viúvas e desamparadas.
A sogra de Rute, Noemi, já era uma mulher de idade e disse às suas noras que voltassem às suas respectivas famílias. Naquela época, as viúvas jovens podiam voltar à casa dos pais. Já as mais velhas, como no caso de Noemi, que não tinha mais filhos para sustentá-la, ficavam jogadas à própria sorte.
Orfa, uma de suas noras, atendeu ao pedido de Noemi e retornou à sua família, mas Rute, em um gesto de amor e compaixão, disse que não a deixaria sozinha: “... aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” (Rute 1:16)
Ao tomar a decisão de seguir a sogra, Rute estava seguindo também o Deus de Noemi. Deixando para trás a sua terra, ela deixou também o seu passado de idolatria.
Nova Vida
Rute acompanhou Noemi de volta a Belém, porém, sua vida no início não foi nada fácil. A moabita não era vista com bons olhos pelas ruas da cidade. Ela era uma mulher delicada, sozinha em uma terra estrangeira, que tinha que ir ao campo, executar trabalho de homem para conseguir o que comer.
E foi no campo que um homem chamado Boaz a viu e deu ordem aos seus segadores que deixassem espigas espalhadas para que Rute, aquela menina sem forças, pudesse, ao final do dia, ter o que recolher e levar para a sua sogra (leia Rute 2.1-10).
Rute não sabia naquele momento, mas Deus estava mudando a sua história.
Com a ajuda de Noemi, Deus preparou um marido para Rute: Boaz. Um marido que não lhe protegeu apenas da fome, mas que lhe deu carinho, amor e descendentes.
A história de Rute mostra a providência de Deus em meio às adversidades e tristezas.
Deus usa pessoas simples e acontecimentos corriqueiros para alcançar os seus propósitos. Basta que tenhamos fé para enxergar nas infelicidades os milagres que poderão acontecer.
A mulher moabita esqueceu o seu passado, foi adotada por Deus, que a abençoou com um marido, deu-lhe a alegria de ser mãe de Obede, bisavó de Davi, e de fazer parte da genealogia de Cristo (leia Mateus 1.5).
Lições de Rute
O relacionamento entre sogra e nora é o mais problemático da família. A amizade de Rute e Noemi mostra como a alegria encontrada na paz que só Cristo dá, pode fazer o relacionamento entre sogra e nora ser de amor e união.
Depois que Rute toma a decisão de seguir o Deus de Noemi, a sua história muda. O que não muda é o nosso Deus. Rute pode ser eu, você. A história continua a mesma, o que muda são os personagens.
FONTE: ARCA UNIVERSAL

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