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sexta-feira, 25 de março de 2011

CRÍTICA: Dinossauros e efeitos


Nos anos 80/90, a TV abusava das vinhetas de aberturas lisérgicas, com mulheres submergindo ou voando, cipós que se transformavam em nuvens etc. A generosidade no uso de efeitos compunha cenas de gosto discutível. Era a pura ostentação das possibilidades do computador.
Hoje, tudo mudou. A computação avançou na dramaturgia e ganhou uma função utilitária. Interfere na ficção de maneira objetiva. Foi o que aconteceu nas $ências do sonho de Júlia (Adriana Esteves) com um dinossauro em “Morde & assopra”, anteontem. Impressionou. O trabalho de Gustavo Garnier e sua equipe posicionou a paleontóloga frente a frente com o bicho. Fazia todo o sentido na trama, era a expressão literal do sonho da personagem. Ficou tudo muito bom (a direção foi de Pedro Vasconcellos).
O que se viu na novela das 19h da Globo foi um avanço em qualidade. Não se pode também deixar de mencionar o investimento da Record em efeitos, ainda que sem o mesmo sucesso. Eles fizeram isso em “Os mutantes” e em “Sansão e Dalila”, em ambos os casos com resultados fracos, mas o esforço existe. 
A computação ganha um sentido maior quando está integrada à dramaturgia. O que é útil para uma história já não pode ser encarado apenas como “bonito” ou “cafona”. Se impõe por tornar-se indispensável.
FONTE: PATRICIA KOGUT

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