Por Carlos Gutemberg
No Carnaval, a troca de beijos na boca entre as pessoas, que muitas vezes nem se conhecem, é uma prática muito comum. O que muitas delas não se dão conta, é de que esse simples ato traz enormes riscos para a saúde. Várias doenças são facilmente transmissíveis pela saliva. E em uma festa desse tipo, a vulnerabilidade é ainda maior, por conta da má alimentação, alteração da rotina, além do gasto de energia acima do normal.
“A baixa resistência do organismo deixa as pessoas mais suscetíveis a doenças como a faringite, laringite, amigdalite, herpes labial, mononucleose, hepatites A e B, HPV, meningite, candidíase, gripe, tuberculose e sífilis”, alerta a cirurgiã-dentista Maristela Lobo, professora e doutora em clínica odontológica.
Em apenas um beijo, duas pessoas trocam em média 250 tipos diferentes de bactérias e podem transmitir ou contrair doenças perigosas sem se dar conta disso. Muitos portadores do vírus da hepatite B e da herpes, por exemplo, desconhecem tal condição.
Segundo a dentista, se alguém com gengivite beijar alguém que está com alguma ferida na boca, ambos correm um grande risco de se infectar com doenças graves, como o vírus da aids e do HTLV (um retrovírus raro, que provoca um tipo de leucemia de células), transmitidos pelo contato sanguíneo.
Mesmo entre os casais que estão juntos há algum tempo é preciso haver certos cuidados. “Se o marido tem doença periodontal (gengivite ou periodontite, que é a perda óssea ao redor do dente), e frequentemente beija a esposa, a transmissão bacteriana é continua e se torna nociva”, explica Maristela.
Sinal de alerta
Além de desconfortável, o mau hálito pode ser um sinal de alerta. “Em 90% dos casos ele é causado por alguma bactéria de boca ou língua. Isso significa que a higiene bucal da pessoa em questão não é adequada e que ela tem algum problema, mesmo que não seja uma doença grave”, conclui a dentista.
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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