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sexta-feira, 5 de março de 2010

UMA ROSA COM AMOR E A HISTÓRIA DE ESTER


A semana foi bastante movimentada na telinha. Na Globo, Rose (Camila Pitanga) finalmente meteu a mão na cara de Verônica (Paola Oliveira), em Cama de Gato, numa cena maravilhosa, que exibiu o máximo das duas atrizes. Em Viver a Vida, Lucas (Rogério Romera) ateou fogo no restaurante de Maradona (Mario Jose Paz) e quem brilhou mais uma vez foi a incomparável Klara Castanho, na pele de Rafaela. Que menina maravilhosa, meu Deus! Já Poder Paralelo chegou ao fim de forma bastante polêmica: muita gente (inclusive eu) aprovou Tony (Gabriel Braga Nunes) ter ficado com Lígia (Miriam Freeland), mas outro grupo grande preferia o mafioso ao lado de Fernanda (Paloma Duarte). E foi unânime a insatisfação do público com a revelação de que Paulo (Nicola Siri) era o vilão, Guri. Não teve o menor impacto e tirou toda a força do mistério. Entre as novidades estavam as estreias de Uma Rosa Com Amor, no SBT, e A História de Estér, na Record, duas produções, com altos e baixos bem marcantes
UMA ROSA COM AMOR – A sinopse da novela é deliciosa. Um folhetim antigo, com todos os ingredientes que a gente gosta: mocinha desiludida pobre se apaixona por ricaço e sofre horrores nas mãos da namorada malvada dele. Especialista em tramas passionais, Tiago Santiago cometeu apenas um pecado mortal: não atualizou algumas passagens da história. Das duas uma: ou ele situava Uma Rosa Com Amor nos anos 70 – ou numa fictícia cidade do interior – ou mudava drasticamente o perfil de personagens, como Giovanni Petrone (Edney Giovanazzi). Na boa: não dá para engolir nessa altura do campeonato um pai ficar histérico porque a filha de 37 anos chegou tarde em casa. Ficou falso, cafona e até ridículo. Diferente de outras produções da emissora, Uma Rosa Com Amor tem um visual muito caprichado. Cenários e figurinos são bonitos e bem cuidados e a iluminação está perfeita.




O mesmo não se pode dizer do elenco. Enquanto Carla Marins, Betty Faria, Jussara Freire e Lúcia Alves brilham, Cláudio Lins, Toni Garrido e Isadora Ribeiro estão ruins de doer. O sotaque de Cláudio, então, é uma das coisas mais insuportáveis que já vi. A surpresa dos primeiros capítulos é Mônica Carvalho, correta como a vilã Nara. Uma Rosa Com Amor ainda tem muita estrada pela frente a chance de acertar todas as arestas.



A HISTÓRIA DE ESTER – Adoro tramas bíblicas. É muito difícil alguém não se emocionar com aquelas histórias tão emocionantes e cheias de mensagens bonitas. Desde que, é claro, que não sejam deturpadas em função de fanatismo. Essa é a grande expectativa que eu tinha para a produção da Rede Record. É difícil fazer a avaliação de apenas um capítulo, mas fiquei com a sensação de que a emissora leva ao ar uma obra bem honesta e nada tendenciosa a um dogma específico. A parte técnica também é belíssima. De primeiro mundo mesmo. A direção de arte, os figurinos, o som e a luz da minissérie são tão bonitas que parecem cinema. Dá gosto ver uma produção caprichada e com grande respeito pelo público.




Novatos ainda na telinha, Marcos Pitombo (Rei Assuero) e Gabriela Durlo Hedassa/Ester) têm dois personagens complexos nas mãos, mas demonstram segurança em cena, ela ainda mais do que ele. Muito boas também as presenças de Ewerton de Castro (Mordecai) e Paulo Gorgulho (Hamã), já Daniella Galli (Rainha Vasti) gritou demais, fez caretas em excesso e sua atuação exagerada por pouco não prejudicou o bom andamento do programa. Mas ficarei 100% ligado na série porque o aperitivo que foi apresentado me deixou na boca um gostinho de quero mais.

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