Direito de amar foi uma novela de grande sucesso do horário das 18 horas. Escrita por Walter Negrão baseada em uma rádio novela de Janete Clair contava com a direção de Jayme Monjardim. Carlos Vereza se destacou como o grande vilão da trama que a todo o custo impedia a felicidade de Rosália e Adriano (Gloria Pires e Lauro Corona). Conheça um pouco a história desse trio que até hoje são lembrados pelo público que acompanhou a novela.
Data de exibição: 16 de fevereiro a 5 de setembro de 1987.
O ano era 1987, e mais uma vez Carlos Vereza esbanjava talento, na pele do pérfido Senhor de Montserrat. Um grande vilão para um grande ator.
Francisco de Montserrat não economiza nas maldades para separar o casal de mocinhos da trama, a bondosa Rosália (Glória Pires) e seu próprio filho Adriano (Lauro Corona). Tudo em meio a uma trama açucarada, que se destaca pela riqueza dos detalhes da época, início do século XX.
Porém, mesmo com todas as maldades do personagem, Carlos Vereza se tornou o galã da vez, pois as telespectadoras achavam a maneira autoritária do personagem, totalmente sedutora. Mais do que de repente, Vereza passou a receber centenas de cartas de telespectadoras apaixonadas pelo charme do malfeitor. E mesmo com as intensificações nas crueldades do vilão, impostas pelo autor - que assistia seu grande vilão se tornar o galã -, o intérprete do Sr. de Montserrat continuou seduzindo o público feminino.
A história começa quando o banqueiro Francisco de Montserrat, num ato de total crueldade, exige que o industrial Augusto Medeiros (Edney Giovenazzi) lhe dê a filha Rosália (Glória Pires) como forma de pagamento das dívidas contraídas e não honradas pelo industrial.
Forçada, então, a se casar com o banqueiro, Rosália se desespera, já que está apaixonada por Adriano, médico recém-formado que conhecera num baile de máscaras. Após casar-se com Montserrat, a heroína da trama descobre que o jovem por quem é apaixonada, trata-se, na verdade, do filho do banqueiro, com quem ele mantém péssima relação. Estava armado o calvário de Rosália.
Aos poucos, a jovem vai descobrindo os mistérios escondidos na mansão dos Montserrat, e uma das chaves fundamentais para abrir esses mistérios, é Joana (Ítala Nandi), uma mulher que vive escondida num dos quartos da casa de Montserrat, sobre seus cuidados. Tratada como louca, Joana guarda informações preciosas do obscuro passado do vilão.
Por fim, descobre-se que a "louca" tratava-se na verdade da esposa do Sr. de Montserrat, que fizera se passar por viúvo. Com essa descoberta, Rosália passa a estar livre para viver seu grande amor com Adriano.
Porém, Montserrat tem ainda que enfrentar outro percalso frente às suas maldades. Trata-se do Dr. Jorge Ramos (Carlos Zara), um médico com que no passado disputou Joana. Além de tentar reconquistar seu grande amor, Dr. Jorge ainda exerce uma grande influência sobre o filho de Montserrat, o que faz com que o banqueiro odeie o filho, e por isso, tenha feito tudo o que fez, como casar-se com Rosália, mesmo sabendo do amor dos dois.
O fim não poderia ser mais trágico. Como em quase as batalhas por amor nos séculos passado ou retrasado, os dois lados têm que se enfrentar num duelo, e em "Direito de Amar" não foi diferente. De um lado o bem, representado pelo médico Jorge, do outro o mal, na presença do insensível Francisco Montserrat. Apesar de excelente atirador, já sem saída, o vilão aponta sua arma para o alto e se deixa matar. Uma cena inesquecível, inspirada no romance A Montanha Mágica de Thomas Menn, por sugestão do próprio Vereza.
Fonte de pesquisa:
Teledramaturgia (Uol blog)
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