Por Carlos Gutemberg
Adaptação de um livro de mesmo nome, o filme “O carteiro e o poeta” mostra um determinado período da vida do famoso escritor chileno Pablo Neruda (Philippe Noiret), que, por razões políticas, passou um tempo exilado em uma ilha da Itália. Nessa ocasião, ele costumava receber suas correspondências das mãos de Mario Ruoppolo (Massimo Troisi), um ex-pescador contratado como carteiro temporário e exclusivo, já que todos os nativos do lugar eram analfabetos e não recebiam cartas.
O desenvolvimento da amizade que se constrói entre esses dois personagens é o mote principal do filme. Tímido, o carteiro pede ajuda a Neruda para escrever poesias e dedicá-las à garota pela qual se apaixonou. Com o passar do tempo, Mario vai aprendendo a usar metáforas, criando suas próprias composições.
Aos poucos, o poeta, um homem politizado, incute indiretamente os seus ideais no carteiro, que começa a refletir sobre os problemas locais, passando a enxergar a necessidade de lutar contra os opressores existentes ali, em busca de igualdade entre todos os cidadãos.
Esses fatos ajudam a derrubar ainda mais as barreiras entre esses dois homens tão diferentes, demonstrando o poder de influência que algumas pessoas exercem nas vidas umas das outras.
Nesse caso, não só a rotina do ex-pescador foi transformada pela convivência com o poeta, mas, principalmente, a maneira dele enxergar o mundo.
Disponível em DVD, a produção aborda aspectos importantes como persistência e esperança, ao demonstrar como as poesias de um escritor puderam levar um humilde carteiro a alimentar a expectativa de dias melhores para o seu povo.
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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