Julgar Passione, a nova novela das oito da Globo, pelos números de audiência pode ser uma grande injustiça. A trama estreou no último dia 17 marcando apenas 36 pontos no Ibope. Ao longo da primeira semana, variou entre 35, 33 e chegou a apenas 31 pontos.
Os atores Mariana Ximenes e Tony Ramos contracenam em Passione
Este último número é a média mais baixa da história das novelas das oito. Apesar disso, especialistas apontam que o folhetim de Silvio de Abreu tem tudo para tomar fôlego e recuperar os pontos perdidos por Manoel Carlos com a antecessora, Viver a Vida.
De acordo com Claudino Mayer, pesquisador em teledramaturgia pela USP (Universidade de São Paulo), a novela tem mais pontos positivos que negativos e deve conquistar o público em breve.
- A novela é boa e bem argumentada. É a linha do Silvo de Abreu, que explora um conflito forte que é a mãe em busca do filho. A história já começou a engrenar, mostrar segredos e fazer mais mistérios. Ela já mostrou o ritmo que tem e entrou bem no cotidiano dos núcleos. Logo na primeira semana, conseguiu construir ação de forma natural.
O grande elenco de Passione também garante a qualidade do contar a história. Nomes como Fernanda Montenegro, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Daniel de Oliveira e muitos outros têm a capacidade de se integrar tanto à história que passam a ideia de uma história real. Mas, para Mayer, quem realmente se destaca é Mariana Ximenes.
Ela vive Clara, que será a grande vilã da história e, com poucos diálogos nessa primeira semana, já mostrou a que veio.
- A Mariana Ximenes está trabalhando muito bem com o suspense e o mistério. O jogo da expressão corporal e olhar. Ela mostra que a personagem vai manipular em poucas palavras. Ela também já mostrou que tem um lado do bem, que teve uma vida sofria ao lado da avó.
O ponto negativo apontado pelo especialista é o idioma italiano carregado. Ele analisa que as cenas que se passam na Itália ficam confusas com a mistura de línguas.
- Parece que os atores têm problemas de dicção porque não se entende a cena perfeitamente.
Por outro lado, Mayer diz que Silvio de Abreu conseguiu delinear perfeitamente os dois paralelos: a vida dos personagens no Brasil e o cotidiano dos italianos.
- Isso é positivo. O público se acostumou fácil com as diferenças entre os dois núcleos e vai levar com muita naturalidade o encontro deles, como já ocorreu com a chegada de Clara e Fred (Reynaldo Gianecchini) à Itália.
FONTE R7
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