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quarta-feira, 26 de maio de 2010

NORMA BLUM RESOLVE ESCREVER AUTOBIOGRAFIA


Quando a reportagem do R7 chegou ao apartamento de seu empresário, na Vila Mariana, Norma Blum já estava pronta para a entrevista. Vaidosa, um dia antes da conversa, ela mandou o agente Flávio Canova perguntar se haveria fotos, pois, nesse caso, passaria antes no salão de beleza.




Aos 70 anos de idade e 58 de carreira, a mãe de cinco filhos e avó de sete netos conversou durante uma tarde com a reportagem, enquanto comia brigadeiro e bebia Coca-Cola. Quando o repórter elogiou sua beleza, ela desdenhou e disse que sabe muito bem que, no passado, “já foi um pitéu”.



Após fazer uma participação na novela Cama de Gato (Globo), na pele da freira Andréia, Norma se concentra agora em fazer sua biografia, da qual ainda não decidiu o título mas já escreveu metade.



O fator que a motivou a contar sua história foi contracenar com o jovem elenco de Malhação (Globo) entre 2007 e 2008.



- Vi que muitos deles não sabiam nada sobre o passado da teledramaturgia. Não é apenas para resgatar a minha história, mas toda a história de profissionais que criaram a televisão.



De pioneirismo Norma Blum entende bem. A atriz começou na TV aos 13 anos, nos estúdios da extinta TV Tupi carioca. Ela ia à emissora acompanhar o pai, o professor austríaco criado na Inglaterra Robert Blum, que lecionava em classes que contavam até com o futuro diretor de cinema Domingos de Oliveira.



Espevitada, Norma criava esquetes teatrais para ajudar o pai a ensinar a gramática inglesa. O talento da menina chamou a atenção do diretor Almeida Castro, que a colocou diante das câmeras. Norma se formou na escola da vida, com gente com professores como Dercy Gonçalves, Sergio Britto, Fernanda Montenegro e José Lewgoy, numa época em que a TV era feita ao vivo.
Em 1965, foi fazer a primeira novela da Globo, Ilusões Perdidas. Lá, ficou amiga da atriz Leila Diniz e logo se enturmou com o pessoal da esquerda.




- A ditadura queria um povo burro. Eu, Norma Bengell e Leila Diniz não concordávamos com aquela opressão. Ajudei a organizar a Passeata dos 100 mil e cheguei a ser presa pelo Dops [Departamento de Ordem e Proteção Social]. Ajudava a divulgar livros de esquerda nos jornais cariocas. Vi muitos amigos sendo presos e torturados.



Norma reviveu este passado em 1992, ao ser convidada por Gilberto Braga para atuar na minissérie Anos Rebeldes, que retratou os anos de chumbo da ditadura militar. Apesar de interpretar a mãe alienada do estudante protagonista vivido por Cássio Gabus Mendes, ela reviveu nos jovens personagens a luta aguerrida da qual fez parte.



- O trabalho de laboratório foi muito bonito. Muita gente que viveu aquilo fez parte da minissérie e contou sua história. Foi um momento histórico na minha carreira.



Norma Blum é a eterna Aurélia



O mesmo Gilberto Braga acaba de dar um novo presente a Norma. Um papel na próxima novela das oito do autor, prevista para estrear no começo de 2011, no lugar de Passione. Com o novelista, ela tem relação antiga. Foi ele quem a presenteou com Malvina, a mulher do vilão Leôncio (Rubens de Falco) de Escrava Isaura (1976) – em 2004, ela atuaria no remake da Record na pele da personagem Gertrudes.



E também é criação de Gilberto Braga a protagonista da novela Senhora (1975), adaptação do romance de José de Alencar que marcou para sempre a carreira da atriz.



- Até hoje me param na rua e me dizem que eu sou a eterna Aurélia.


                                Norma Blum e Claudio marzo na novela SENHORA



FONTE R7

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