Bárbara Gomes Ávila, a dondoca decadente de Bela, a Feia (Record), é uma personagem bipolar. Sua intérprete, a atriz Esther Góes, destaca essa característica como sendo uma das grandes diversões em interpretá-la.
Foto por Munir Chatak/Record
Esther Góes conta que Bárbara vai tentar influenciar decisões da agência
A mãe do vilão Adriano (Iran Malfitano) e também do jovem Guto (Daniel Aguiar) tem papel importante na trama que vem conquistando cada vez mais o público. Nesta semana, a novela teve média 16 pontos.
Em conversa com o R7, Esther contou que Bárbara gosta de influenciar as decisões da agência Mais Brasil.
- Ela vai tentar ficar cada vez mais perto dessa nova presidente [Valentina, a Bela disfarçada de bonita, interpretada por Giselle Itié]. A Bárbara quer saber até que ponto pode influenciar as decisões da empresa e ajudar Adriano a se aproximar da pessoa certa. Ela não quer ficar pobre de jeito nenhum.
A personagem vive uma relação conflituosa com o filho, a quem chantageou com a informação de que o rapaz matou seu próprio pai.
- Ela fez isso muito por influência do Ataulfo (André Mattos). Por outro lado, não acho que ela entregaria o filho. Ela fez isso porque estava precisando de dinheiro. Eles têm uma relação muito particular. São ao mesmo tempo comparsas e antagonistas. São dois bandidos que se gostam muito.
Esther Góes define o personagem Guto "como o lado bom da família", já que o filho é o contrário do vilão Adriano.
Ela também falou sobre o romance da personagem com Clemente (Bemvindo Sequeira), amor que foi tão arrebatador ao ponto de ela renunciar o luxo para ficar com ele. Contudo, o romance não durou muito.
- As pessoas pedem muito nas ruas para a Bárbara ficar com o Clemente. Foi um relacionamento enorme e que só acabou por conta da armação do Ataulfo para separar os dois [o vilão pagou uma garota de programa para fingir relacionamento com Clemente]. Então, como ela investiu muito nesse amor, ela ficou frustrada e fechou as portas do coração. Vamos ver o que a autora [Gisele Joras] reserva para ela.
Com o coração despedaçado, a personagem segue tentando se dar bem na vida.
- Ela é oscilante e, para chegar aonde quer, não tem muitas preocupações éticas.
Assim que a novela terminar, Esther pretende retornar aos palcos. Ela já atuou em importantes peças do teatro brasileiro, como O Rei da Vela (1967), dirigida por José Celso Martinez Corrêa e marco da resistência à ditadura.
Em junho, ela volta ao cartaz no Centro Cultural São Paulo com a peça Determinadas Pessoas – Weigel, monólogo escrito em parceria com o filho, Ariel Borghi, que também assina a direção.
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