A audiência da estreia, que aconteceu no último dia 12, superou em dois pontos a média de estreia da antecessora, Cama de Gato, que teve 24 pontos em seu primeiro capítulo.
Já no segundo capítulo, o Ibope marcou 28 pontos, média que caiu nos próximos dias, ficando com 26 pontos na quarta e 25 na quinta.
Mas os números não devem ser motivo de desânimo para o elenco e para a autora Elizabeth Jhin, segundo Claudino Mayer, pesquisador em teledramaturgia da USP (Universidade de São Paulo). De acordo com ele, em conversa com o R7, essa oscilação fica por conta da adaptação do telespectador à nova trama.
- Todos estavam acostumados com o casal Gustavo e Rose [protagonistas de Cama de Gato] e agora tudo muda. Demora um pouco para que as atenções se fixem novamente.
Fora isso, a avaliação é a melhor possível:
- A novela está de mais. A trama é boa e prende a atenção de todos por misturar cenas do cotidiano com a ficção. Ela está funcionando como uma extensão do noticiário. Mostrou o drama de famílias que se machucaram e perderam tudo com as chuvas no Rio, também mostrou cenas de solidariedade, impunidade, tem um pobre levando a culpa pelo erro de outra pessoa e até o descuido na direção, que causou o acidente com o protagonista.
Outro ponto forte está no que foi chamada de polêmica relação entre a religião e a ciência, com foco no amor e na vida após a morte.
- O tema é usado como o resgate da emoção. As cenas são bonitas e emocionantes.
Para comprovar o que o especialista afirma, o R7 falou com Cássia Kiss Magro, que aparece em cena apenar como um espírito. Ela revela que sua personagem Francisca é diferente que tudo que ela já interpretou.
- Sobre viver uma desencarnada, eu faço qualquer coisa. Sou uma atriz. Se me colocarem vestida de cachorro eu vou interpretar um cachorro. Mas estou gostando dessa personagem. É diferente de tudo o que eu já fiz. Acho que estou sendo presenteada.
Mesmo com pouco tempo para destacar os erros, entre os pontos negativos, de acordo com Claudino, está o Humberto Martins que “continua vivendo o Ramiro Cadore”, seu personagem em Caminho das Índias, novela de Glória Perez.
A atuação de Nathalia Dill também ficou um pouco a desejar, “forçou o humor e a trama exigiu muito dela. Mas ainda tem tempo para acertar isso”, conforme afirma Claudino.
Para ele, quem se destacou mesmo foi a Jandira Martini, que vive Madame Gilda, adorável e engraçada, que bota cartas para sobreviver. E no elenco estreante: Paulo Vilela, o Breno, melhor amigo de Daniel (Jayme Matarazzo).
A trama ainda não revelou as histórias paralelas, mas começou bem com o toque de humor do vilão Gilmar (Alexandre Nero) ao lado de Suely (Giovana Ewbank).
E para Giovana, o folhetim é pura emoção.
- Nos dois primeiros capítulos fiquei arrepiada do início ao fim. Estou achando incrível e já vejo algum reconhecimento nas ruas. Mesmo com apenas uma semana um cara no posto de gasolina já me chamou pelo nome da personagem e pediu para tira foto. Minha parte não entra no espiritismo, estou mais do lado cômico e estou adorando.
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