Por Jaqueline Corrêa
O maior sonho de Bill era ter um carro para poder passear pelas ruas. O problema era que Bill não queria qualquer carro, mas um que fosse antigo, para que, além de andar, pudesse também colecionar.
Bill persistia muito neste sonho, porque quando criança colecionava carrinhos de brinquedo de todas as épocas, tamanhos e tipos.
O rapaz tinha Master Delux; Chevrolet Bel Air; Chevy Coupe, 1930; Pick up Ford 1950; Gordini e muitos outros. Faltava, porém, a miniatura doCadillac, que, para ele, além de ser o mais bonito, daria um charme a mais à sua coleção. Mas Bill sonhava também com um Cadillac em tamanho grande, para poder dar as suas voltas pela cidade e, quem sabe, flertar com as garotas por aí.
Um tempo depois, Bill viu um anúncio de venda de um Cadillac 1954 branco e bastante espaçoso. Era tudo o que ele queria. Bill não poupou esforços e comprou o carro. No entanto, percebeu que alguma coisa havia de errado.
Ele levou a relíquia até uma oficina e o mecânico deu uma péssima notícia:
– O seu veículo está em ótima conservação, mas falta alguma peça para que ele rode com perfeição.
– É o motor? – ele pergunta angustiado.
– Não, o motor está bom, mas falta algo que o impede de andar por muito tempo.
– Mas, qual é a peça que falta? – indaga Bill, demonstrando cada vez mais aflição.
– Como é um veículo antigo, vou ver o que está havendo. Não tenho muita prática com carros da década de 1950, aliás, este é o primeiro que pego, mas prometo a você que vou descobrir.
Bill estava empolgado com o fato de possuir uma relíquia que qualquer colecionador daria o que lhe pedissem por ela, mas, ao mesmo tempo, a frustração por não poder usufruir daquela joia lhe causava um aperto.
O tempo foi passando e nada de Bill conseguir ver o Cadillac funcionando.
Ele já havia falado para todo mundo sobre o investimento que fizera no veículo e por isso todos estavam ansiosos para vê-lo, tocá-lo e, quem sabe, dar uma voltinha nele também.
Bill, porém, já estava perdendo as esperanças de recuperar o carro que tinha consumido todas as suas economias. Na verdade, o desânimo dele era tanto que pensou seriamente em devolver ou vender o Cadillac a preço de banana.
Muitos meses depois, Bill deixou de se preocupar com o carro e resolveu atentar-se para si mesmo. E, com isso, viu que quanto menos pensava no veículo – em quanto já havia gasto e em quando poderia levá-lo para casa –, mais se sentia forte e confiante em seus outros projetos, que há tempos estavam parados. De fato, Bill percebeu que a inquietação com o carro estava sugando suas energias.
Até que dias depois, ele recebeu uma notícia maravilhosa:
– O senhor pode vir buscar o seu Cadillac. Ele já está pronto para ser usado.
Bill correu imediatamente para a oficina. Estava com mais vontade de saber qual era a peça que faltava, e que tanto lhe tirara o sossego, do que propriamente interessado em andar no carro.
– E então, que bendita peça era essa que faltava?
– Na realidade – disse o mecânico meio envergonhado – não faltava nenhuma peça, mas apenas gasolina. Estávamos tão ansiosos em tentar resolver o problema do seu carro, que não percebemos que o que faltava, na verdade, era combustível.
Para refletir
Não somos um carro, mas, espiritualmente falando, podemos nos comparar a um. Se falta uma peça ou simplesmente combustível, a nossa vida, tal como o Cadillac da história, certamente não sairá do lugar.
O Espírito Santo é a Peça fundamental ou o Combustível ideal para que a sua vida dê a partida definitiva, e assim nunca mais precise "estancar" no meio do caminho.
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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