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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Histórias de fé: "Ana e Roberta"



Por Jaqueline Corrêa
A discussão foi muito intensa entre as duas amigas. Ana e Roberta se desentenderam por um motivo muito bobo. Na verdade, um mal entendido foi a grande causa do término da amizade. A partir desse dia, as duas evitavam se falar.
Ana e Roberta viviam juntas. Faziam o tipo ‘amigas inseparáveis’, e uma nunca escondia nada da outra. Até então, a amizade delas era inabalável.
Um dia, Ana disse que ia viajar e talvez demorasse a voltar. Ela foi até Roberta e perguntou se podiam conversar, e assim retomar a amizade. Mas Roberta estava muito magoada. O motivo da discussão foi muito pequeno, mesmo assim, ela ainda estava chateada. A amiga não insistiu, e despediu-se dela, e não mais se viram.
Anos depois, Ana voltou casada e com filhos. No seu antigo quarto, na casa dos pais, viu várias fotos com a ex-amiga em diversas situações. E uma, em especial, a fez lembrar todos os bons momentos em que estiveram juntas. Era uma fotografia em que Roberta, acompanhada do seu cachorro, vestia uma camisa com a frase: “Verdadeiros amigos nunca se separam.”
Ana decidiu, então, ir atrás da amiga que há muito tempo não via. Encontrou a casa de Roberta fechada e com uma aparência de que estava abandonada. Os pais de Ana tampouco sabiam para onde a amiga e a família haviam se mudado.
Roberta, na verdade, estava internada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. E antes dos pais dela voltarem à sua terra natal, a expulsaram de casa. Estavam muito magoados com a filha, que já se tornara uma ameaça para a família devido à rebeldia e ao vício nas drogas. Roberta estava se recuperando de uma overdose, mas estava muito debilitada, sozinha e sem o apoio de absolutamente ninguém.
Certa vez, vendo-se sozinha, ela lembrou-se da amizade com Ana, a quem havia desprezado; dos conselhos do pai, de quando a advertia quanto às más companhias; do choro da mãe, que nada pôde fazer pela sua expulsão.
Roberta começou a delirar e os médicos diziam que a abstinência das drogas estava causando muitas reações em seu organismo. Ela só piorava, e estava tão fraca e debilitada, que logo fora preciso encaminhá-la à UTI.
Em uma certa manhã, porém, apesar de todo o cuidado da equipe médica, os batimentos cardíacos de Roberta começaram a diminuir drasticamente; seu pulso era quase imperceptível, mas ela ainda estava consciente.
Sua partida era inevitável.
Foi quando imaginou o pior, ao sentir algo diferente em suas mãos, como se o corpo frio estivesse sido totalmente tomado por um calor, de repente.
Ela abriu os olhos e viu Ana segurando a sua mão. A procura pela amiga foi longa, mas Ana conseguiu chegar a tempo de se perdoarem, retomarem a amizade e permanecer com Roberta em seus últimos momentos.
Para refletir
Às vezes, tudo o que precisamos é que o nosso melhor Amigo esteja conosco nos piores momentos de nossa vida. Mesmo que todos se afastem e pareça que estamos sozinhos, quando o melhor Amigo chega, é o tempo que precisamos para segurarmos a Sua mão.
Pode parecer que o seu melhor Amigo esteja longe de você, e até ausente, mas Ele está agindo em seu favor, para o momento em que mais precisar.
FONTE: ARCA UNIVERSAL

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