“Minha vida, o meu caminho, é do meu Mestre”
“A minha vida, o meu caminho, é do meu Mestre”Outrora integrante da banda de axé Olodum e hoje cristão convicto, irmão Lázaro fala de sua conversão, família e seu ministério. E muito mais. Ele tem 41 anos. Convertera-se aos 32, há exatos nove anos e quatros meses na então congregação da igreja onde é membro hoje - a Igreja Batista Lírio dos Vales, em Salvador, cujo pastor presidente é Rogério Dantas. A congregação ficava, na época, no bairro da Federação. (A Sede fica no bairro Pituba, em Salvador, Bahia). Isso fora em junho de 1999, precisamente dia 6. Então integrante da banda de axé Olodum, obtivera fama e fortuna, viajando País afora e para fora do País. Uma de suas composições chega estourar no cenário musical. Porém, por motivos de inveja e disputas internas, como ele mesmo aponta em seu testemunho -, deixa finalmente a banda. Outrora prestigiado e tido como celebridade por muitos, agora se torna um anônimo, praticamente um andarilho, um ambulante, às voltas com a miserabilidade, a ponto de ter vivido de favores, mal tendo como se sustentar. E pior: sustentar seu vício, já que era viciado na maconha e na cocaína. A canção “Bagaço” de seu recente álbum Lázaro, Testemunho e Louvor, traduz bem o que vivera até a sua conversão: “O inimigo quase me roubou de Deus / Falsas alegrias e falsas vitórias/ Falsas glórias / E como um pedaço de cana, ele me mastigou / E em bagaços me arrastei até a igreja/ Onde encontrei Jesus”. A canção prossegue nesse tom, quando então fala de seu envolvimento com as drogas: “A ‘fumaça do demônio’ alucinou-me (a maconha) / E a ‘coisa branca’ arrastou-me até a miséria (a cocaína) / Tudo que era bom de mim se afastou / Resolvi por um fim na minha história / E eu decidi morrer / Foi quando um crente veio e me falou de Deus / De um Amigo que resolveria os meus problemas.”A história de Lázaro hoje é outra. Outrora no mundo da fama, agora lida com o carinho e o reconhecimento de um público de que sempre fugira, por achá-los “chatos”, como ele mesmo aponta em seu relato de conversão. O público a que me refiro são os evangélicos, os cristãos. E a julgar também por tudo que viveu, por onde passou e com quem viveu enquanto membro da referida banda, sua história tem mesmo impressionado a muitos, que não só os cristãos – como também os próprios integrantes do Olodum, visto que, segundo relata, tem havido conversões. A fim de saber mais detalhes de sua história e trajetória, como se deram as coisas, e como tem sido sua vida hoje, fomos conversar com Antônio Lázaro Silva – o Irmão Lázaro, ex-Olodum como é muito (e põe muito nisso) conhecido. Com exclusividade, a bordo de um ônibus rumo a uma de suas conexões (vindo de Salvador) com destino a outra cidade para ministrar, ele, gentilmente, nos concedeu a seguinte entrevista:
“A minha vida, o meu caminho, é do meu Mestre”Outrora integrante da banda de axé Olodum e hoje cristão convicto, irmão Lázaro fala de sua conversão, família e seu ministério. E muito mais. Ele tem 41 anos. Convertera-se aos 32, há exatos nove anos e quatros meses na então congregação da igreja onde é membro hoje - a Igreja Batista Lírio dos Vales, em Salvador, cujo pastor presidente é Rogério Dantas. A congregação ficava, na época, no bairro da Federação. (A Sede fica no bairro Pituba, em Salvador, Bahia). Isso fora em junho de 1999, precisamente dia 6. Então integrante da banda de axé Olodum, obtivera fama e fortuna, viajando País afora e para fora do País. Uma de suas composições chega estourar no cenário musical. Porém, por motivos de inveja e disputas internas, como ele mesmo aponta em seu testemunho -, deixa finalmente a banda. Outrora prestigiado e tido como celebridade por muitos, agora se torna um anônimo, praticamente um andarilho, um ambulante, às voltas com a miserabilidade, a ponto de ter vivido de favores, mal tendo como se sustentar. E pior: sustentar seu vício, já que era viciado na maconha e na cocaína. A canção “Bagaço” de seu recente álbum Lázaro, Testemunho e Louvor, traduz bem o que vivera até a sua conversão: “O inimigo quase me roubou de Deus / Falsas alegrias e falsas vitórias/ Falsas glórias / E como um pedaço de cana, ele me mastigou / E em bagaços me arrastei até a igreja/ Onde encontrei Jesus”. A canção prossegue nesse tom, quando então fala de seu envolvimento com as drogas: “A ‘fumaça do demônio’ alucinou-me (a maconha) / E a ‘coisa branca’ arrastou-me até a miséria (a cocaína) / Tudo que era bom de mim se afastou / Resolvi por um fim na minha história / E eu decidi morrer / Foi quando um crente veio e me falou de Deus / De um Amigo que resolveria os meus problemas.”A história de Lázaro hoje é outra. Outrora no mundo da fama, agora lida com o carinho e o reconhecimento de um público de que sempre fugira, por achá-los “chatos”, como ele mesmo aponta em seu relato de conversão. O público a que me refiro são os evangélicos, os cristãos. E a julgar também por tudo que viveu, por onde passou e com quem viveu enquanto membro da referida banda, sua história tem mesmo impressionado a muitos, que não só os cristãos – como também os próprios integrantes do Olodum, visto que, segundo relata, tem havido conversões. A fim de saber mais detalhes de sua história e trajetória, como se deram as coisas, e como tem sido sua vida hoje, fomos conversar com Antônio Lázaro Silva – o Irmão Lázaro, ex-Olodum como é muito (e põe muito nisso) conhecido. Com exclusividade, a bordo de um ônibus rumo a uma de suas conexões (vindo de Salvador) com destino a outra cidade para ministrar, ele, gentilmente, nos concedeu a seguinte entrevista:
Lagoinha.com: Antes de você se converter, você já vinha ouvindo do Evangelho, como foi quando estava com Edson Gomes na banda Cão de Raça, com o dono da barraquinha de cachorro quente em frente a casa onde morava e por outros que já vinham até você para evangelizá-lo, porém, sempre se recusando, se esquivando. Quando de fato ouviu pela primeira vez do evangelho e de Jesus? Quantos anos tinha?
Irmão Lázaro: Era muito novo, um garoto. Tinha uns 15 anos mais ou menos. Hoje estou com 41 anos. Lá no meu bairro, um amigo nosso se converteu. Ele foi motivo de algazarra durante uns dois anos. Eu achava muito engraçado aquela coisa de acordar domingo para ir pra igreja. O tempo passou, e aí veio uma igreja no nosso bairro, o Federação, na Bahia. Depois de alguns meses, essa igreja acabou. Era a única no nosso bairro. Depois da minha primeira banda, já com cerca de 20 anos, o líder dessa banda, Ramon Basel, falou de Jesus para mim. E de lá para cá, vinha ouvindo falar do evangelho pela TV, pelos canais, em que as pessoas vinham falando de Cristo o tempo inteiro.
Lagoinha.com: O que poderia dizer da sua família? Ela já tinha algum conhecimento do Evangelho antes de se converter?
Irmão Lázaro: Toda minha família era do Candomblé. Era a cultura que a gente abraçava. E depois que me converti, foi um escândalo dentro da minha casa, tanto pelas questões religiosas como de sobrevivência. Mas o tempo foi passando e as pessoas foram percebendo o que Deus estava fazendo na minha vida. Minha família foi ficando impactada. Hoje eu louvo a Deus porque estão todos freqüentando a igreja. Deus já tem dados os primeiros sinais de que, com certeza, todos estarão se envolvendo na obra dele. Sou grato a Ele por tudo isso e estou muito feliz por tudo isso.
Lagoinha.com: Você ainda mantém contato com o pastor responsável por sua conversão e com aquela igreja em que se converteu?
Irmão Lázaro: Aquela congregação acabou. Parece que Deus colocou aquela igreja ali mesmo só para me converter. A pessoa que estava à frente daquela obra foi embora para São Paulo. Eu já o visitei em São Paulo. Eles moram em Guarulhos. É o pastor Samuel, sua esposa, a irmã e missionária Lúcia, mãe de Elisama, de Marcela. Aquela era uma congregação da igreja que estou até hoje. Hoje estou na sede. Eu sou ovelha do pastor Rogério Dantas, da Igreja Batista Lírio dos Vales, em Salvador.
Lagoinha.com: Qual tem sido o seu maior desafio desde que se converteu até agora?
Irmão Lázaro: O maior desafio que enfrentamos hoje, meu irmão, são os inimigos que se revelam dentro do Reino, pessoas que nem me conhecem, que nunca me viram, e que de repente resolvem cooperar para que esse ministério pare. Pessoas que infelizmente deixam que entrem sentimentos no coração sem motivos. Como agora, por exemplo, lançaram uma notícia na internet que eu havia falecido. Uns dizem que tive um infarto, outros que bati o carro, pessoas assim que infelizmente preferem se aliar às trevas que viver na maravilhosa luz, que é Jesus. Lagoinha.com: Você tem tido a oportunidade de ministrar a conterrâneos e colegas seus na música como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, gente que de repente viu todo um trâmite, um ciclo seu antes de se converter... E a gora que você se converteu, você tem tido a oportunidade de falar mais de perto com eles? Poderia citar algum nome de gente que, de alguma forma, já ouviu do Evangelho além da própria banda Olodum?
Irmão Lázaro: Éééée.... Já ministrei para o Olodum como você mesmo falou, e já tive a oportunidade de ministrar para o Xand. Já tive a oportunidade de ministrar em uma igreja em Salvador que tem como pastor Ivo, um grande amigo, que é a igreja dos artistas. Já tive a oportunidade de pregar lá algumas vezes, de testemunhar, e pregar a Palavra. Em relação às pessoas maaaaaiissss... - (Nessa hora ele boceja, em razão mesmo do cansaço) - ... acentuadas na mídia como Ivete Sangalo e outros que tem esse talento tremendo, temos a notícia de que eles assistiram ao nosso DVD e foram tremendamente impactados. Eu fiquei sabendo recentemente que até a Sandy e o Junior, o Xitãozinho e Xororó, se reuniram para assistir ao DVD. Dizem que foi algo muito tremendo. Então, aonde não tenho ido, Deus tem chegado com esse DVD, pela fé que se concretiza na minha vida que não sou eu, mas é a obra de Deus mesmo.
Lagoinha.com: A própria Bahia então também tem sido impactada de alguma forma?
Irmão Lázaro: Ahhhh, a Bahia tá, de uma forma tremenda. A visão que nós temos é assim: a pessoa coloca o DVD no aparelho, e quando liga a televisão, Deus pula dentro da casa da pessoa (Lázaro, só risos...). Não é nós, não é o meu talento. É Deus mesmo que está fazendo.
Lagoinha.com: O que é a música pra você além de ministério?
Irmão Lázaro: A música está no meu sangue. A música para mim é minha vida. O maior presente que Deus já me deu foi colocar isso dentro de mim, o Espírito Santo ministrando música. Rapaz, é um negócio tão particular a música, uma coisa que vem tão de dentro. Cada vez que escrevo uma canção, é como se estivesse dando a luz a um filho. Eu me lembro muito de Ana quando estou escrevendo porque Ana ansiava tanto por uma criança, sofria tanto na mão de Penina, que assim que Deus lhe concedeu a gravidez, ela pegou seu primogênito e o entregou ao Senhor para servi-Lo todos os dias. Ela só desmamou Samuel, imagine, né! É como minhas canções. Eu escrevo as canções e só tenho a oportunidade mesmo de desmamar e depois coloco lá aos pés do Senhor e Deus faz o que Ele quer.
Lagoinha.com: Com certeza, você conhece o Diante do Trono e Ana Paula Valadão. Que palavrinha diria a ela e acerca do Ministério?
Irmão Lázaro: Ana Paula Valadão deve ter sofrido muito essa coisa da tietagem, das pessoas de certa forma até endeusarem-na. Ela foi usada pra mudar a história da música evangélica no nosso País. Você vê que a nova fase do evangelho no Brasil começou com o Diante do Trono. Eu cantava uma música dessa banda, que diz assim (e Lázaro, de olhos fechados, ao seu modo, solta a voz): “Ao cheiro das águas brotaráááááááaa..... Como planta nova floresceraááááaa...” Eu gostava muito dessa canção (do álbum Águas Purificadoras, gravado em 2000). Eu gostava muito dessa canção. Cantei também durante muito tempo aquela canção (e de novo, Lázaro em "a capela"): “...Te agradeçoooooo...” E a coisa foi mudando, a banda Diante do Trono veio crescendo, crescendo, crescendo, crescendo, e Deus fez o que tinha que fazer, e nesse rastro divino, estamos indo todos nós.
Lagoinha.com: Planos e projetos?Irmão Lázaro: Se Deus me der vida, o próximo DVD. Quem sabe, daqui há dois anos.Lagoinha.com: Um sonho pessoal e ministerial.
Irmão Lázaro: A nível pessoal, meu sonho é ser tão crente quanto as pessoas pensam que eu sou. E a nível ministerial, eu penso em continuar sendo bênção para a vida das pessoas, e que Jesus guarde o meu coração da soberba.
Lagoinha.com: Uma palavrinha final aos nossos internautas. Ou de alerta, de fé, de encorajamento, e também aos músicos e ministros cristãos que também têm ministrado País a fora.
Irmão Lázaro: Em relação aos que estão louvando a Deus, os músicos, que Deus guarde o coração deles, que eles procurem meditar, ter paciência, evitar a vingança; procurar aprender a perdoar, a pedir a Deus misericórdia. Falo não como quem já tenha conseguido isso sua na totalidade, mas além de poder falar das experiências maravilhosas que eu tenho tido com o perdão, eu também posso falar das experiências terríveis que eu tenho tido quando eu não consigo perdoar. Então, que Deus possa guardar o coração de cada levita, de cada músico. E a minha palavra para todos os internautas, para todos que estão lendo essa material, é que vocês me ajudem em oração. Me ajudem, porque eu careço muito de oração; eu preciso de ajuda pra continuar nessa peleja. A Bíblia diz que a oração do justo é eficaz, ela é tremenda, e eu tenho certeza que se você orar por mim, Deus vai fazer coisas grandes e maravilhosas. Não por mim, mas através de mim. ::Por Marcelo FerreiraJornalista
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