Viver a Vida" é a quarta parceria de Lília Cabral com o autor Manoel Carlos. Ela atuou também em Páginas da Vida (2006), Laços de Família (2000) e História de Amor (1995). E, mais uma vez, a atriz, de 52 anos, rouba a cena como a instável Tereza, já sendo apontada como um dos destaques da novela. Não é à toa. Além de seu inegável talento, Lília está felicíssima em reencontrar Maneco, apelido do novelista. Tanto que aceitou o papel sem mesmo saber os detalhes da personagem. "Faço de olhos fechados", respondeu ao ser convidada para o trabalho. Acertou em cheio. Tereza é um daqueles papéis repletos de nuances – numa hora, é de extrema doçura; noutras, tem verdadeiras explosões. Ou seja: um prato cheio para a consagrada atriz, que foge de mocinhas e heroínas, preferindo interpretar mulheres da pá-virada, como, aliás, ela mesma se define na vida real. Uma personagem de classe“Tereza é uma personagem distinta, bem-arrumada. E é a primeira vez que faço um papel desse jeito. Estou feliz por me ver nesse desafio. Tenho que convencer que não sou a megera da Marta (referindose à sua personagem em Páginas da Vida), mas, sim, essa mulher elegante, bacana, inteligente...” Elegância natural fora da TV"Acho que tenho um jeito... Eu me arrumo para ficar bem de manhã, de tarde e de noite. Mas não me preocupo com marca. Claro que, quando viajo, gosto de comprar, sem me preocupar com grife. A elegância está muito mais na postura de vida, do jeito que você se encontra, sem necessariamente estar grifada. Outro dia, estava com uma bolsa de pano, feita por uma amiga, e todo mundo adorou e perguntou sobre ela."Parceria de sucesso"Sou muito agradecida a Manoel Carlos por ter confiado em mim mais uma vez. Todas as personagens que ele me deu foram muito boas, para a minha vida e para a minha carreira."Papo de amigo"Tenho acesso ao Maneco. A gente conversa, toma café com leite junto... Mesmo assim, nunca pergunto o que vai acontecer (na novela) porque confio no trabalho que ele faz. Não tenho esse tipo de postura. Nunca. Mas falar da vida... Ouvir o Maneco contar as histórias dele, de sua experiência, é um deleite. Como ele, eu também ando muito pelo Leblon (bairro da zona sul onde a atriz e o autor moram), a gente se encontra bastante e se fala sempre."De olhos fechados"Maneco sabe fazer o trabalho dele como ninguém. Tanto que, quando me convidou, antes de eu saber qualquer coisa sobre a personagem, respondi: 'Faço de olhos fechados'. Não perguntei como era, qual o nome, com quem era casada, o que aconteceria... Nada!"Grandes desafios"O que eu gosto mesmo é de grandes desafios. Não gosto muito de repetir. Quando revejo a minha trajetória, observo que muitas coisas foram diferentes. Isso é bacana. Acho que todo ator é camaleão. Por isso, não gosto de fazer a heroína. Prefiro papéis que não são o da boazinha. Quero ser boa na vida e, mesmo assim, acho que sou da pá-virada. Não faço maldades, mas sou da pá-virada, sim (risos)."Com muito orgulho!"A estrutura (de Viver a Vida) é uma coisa absolutamente deslumbrante. Não é brincadeira. Tenho muito orgulho de estar fazendo um trabalho como esse, porque você vê o empenho da equipe, trabalhando o dia inteiro e sempre no maior alto-astral... Está bem bonito. Dá muito orgulho!"
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