Por Tany Souza
O linfoma é um tipo de câncer que ataca o sistema imunológico, e que pode ser indicado por um inchaço indolor dos linfonodos, conhecido como íngua ou caroço.
Além deste sintoma, a pessoa também pode apresentar febre, suores noturnos intensos e excessiva perda de peso. “Mas como estes também são sintomas de outras doenças, o ideal é procurar um médico, que fará uma análise detalhada”, explica o especialista em linfomas Carlos Chiattone.
No Brasil, o linfoma é o 5º tipo de câncer mais incidente e essa ocorrência aumenta 3% ao ano. “Nos últimos anos, detectou-se um aparecimento maior em homens e na faixa etária acima de 60 anos”, afirma o médico.
Não existe uma causa específica para o linfoma surgir, mas o que se pode afirmar é que pessoas com deficiência na imunidade possuem maior risco de desenvolver a doença. “Esta falta de defesa do organismo pode vir de doenças genéticas hereditárias, infecção pelo HIV (vírus da aids) e uso de medicamentos imunossupressores – muito usados em pacientes transplantados –, que driblam o sistema imunológico para diminuir o risco de rejeição”, detalha Chiattone.
Tipos
Há dois tipos de linfoma: o de Hodgkin e o não-Hodgkin. O primeiro é quando uma glândula se transforma de uma célula normal em uma maligna, capaz de crescer descontroladamente e se espalhar para outras partes do corpo. Geralmente se inicia no torax. Segundo o especialista, isso só acontece se a doença não for tratada.
Já os não-Hodkins se dividem em mais de 50 diferentes tipos de linfoma, com características clínicas diferentes. “Neste tipo, os locais de incidência mais comuns são os gânglios da garganta, axilas e virilha”.
Foi justamente esse segundo tipo que atingiu o ator Reynaldo Gianecchini, de 38 anos, e despertou a atenção das pessoas para o problema nos últimos dias. A presidente Dilma Rousseff também teve um linfoma não-Hodgkin, diagnosticado em abril de 2009. O tumor de Dilma foi retirado, ela passou por tratamento de quimioterapia e, em setembro do mesmo ano, os médicos disseram que ela estava “livre de qualquer evidência de linfoma”.
Tratamento
A gravidade e a cura da doença dependem de vários fatores. Como o linfoma de Hodgkin segue um padrão com características mais definidas, há facilidade no tratamento. O que não acontece entre os linfomas não-Hodgkin, que são divididos em dois grupos: o agressivos e o lentos. “O agressivo evolui com maior velocidade e voracidade, e o outro, de maneira mais lenta”, esclarece o especialista.
Segundo ele, há três tipos de tratamento indicados: quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. A imunoterapia é realizada com anticorpos e é o tratamento mais moderno e menos agressivo que existe, diferentemente da quimioterapia, que ataca as células doentes e também as normais. “Ela potencializa o tratamento e as chances de cura e, principalmente, permite ao paciente em tratamento ter uma vida com maior qualidade e menos efeitos colaterais”, comenta o médico, acrescentando: “Há ainda outra alternativa, que é o transplante de medula.”
Apesar de toda a gravidade do linfoma, Chiattone destaca: “As chances de cura são cada vez maiores, graças aos avanços da ciência e da medicina.”
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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