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sábado, 16 de julho de 2011

SAIBA UM POUCO SOBRE O PORQUINHO-DA-INDIA



O nome dado em português confunde um pouco. Apesar de chamar-se porquinho-da-índia, esse bicho não é suíno e tampouco vem da Índia.  Na verdade, ele já era criado pelas antigas civilizações pré-colombianas, onde era domesticado e também servia como refeição, costume adotado até os dias de hoje.Veja também:Não se sabe ao certo porque ele foi chamado assim, mas há algumas teorias, como a de que quando os europeus chegaram à América do Sul, acreditavam estar nas Índias Ocidentais, aliado ao barulho que ele emite, originando seu nome entre os incas “cui”, semelhante ao de um porco, resultando em “porquinho-da-índia”.
Alimentação
De acordo com o veterinário Sérgio Diniz Garcia – do Hospital Veterinário Estadual de São Paulo, em Araçatuba –, especializado em animais silvestres, o porquinho-da-índia pode viver, em média, até 6 anos, e deve ser alimentado com frutas, legumes, hortaliças e ração. “Se não encontrar ração própria, aquela para coelhos serve. Nunca se deve dar alface, porque pode provocar diarreia e desidratar o animal”, orienta. Alimentos e suplementos ricos em vitamina C também são uma boa pedida, já que os porquinhos possuem carência desse tipo de vitamina.
Abrigo
Prefira gaiolas a aquários para abrigá-los, porque é mais ventilado. É recomendado que a gaiola tenha, no mínimo, 40x60 centímetros, no entanto, quanto maior for o espaço, melhor. Coloque brinquedos como túneis e rampas, além de bebedouro e comedouro, e forre com jornal, para que a grade não machuque as patinhas do animal.
Por serem criaturas sociáveis, é ideal que se tenha pelo menos dois morando juntos, de preferência do mesmo sexo, já que eles se reproduzem com muita facilidade. Além disso, Garcia recomenda não manter muitos machos junto a fêmeas, para evitar brigar.
Caso queira soltá-los da gaiola, faça isso apenas quando estiverem supervisionados por alguém, pois são roedores e podem estragar móveis e fios da casa, além de serem presas fáceis para predadores em potencial, como cães e gatos.
Saúde
Os porquinhos-da-índia costumam ser bastante resistentes a enfermidades. De acordo com o veterinário, não é necessário ministrar nenhuma vacina específica para estes animais e tampouco vermífugos. “Somente quando diagnosticado qualquer problema de verminose, o que é raro”.
Quanto à transmissão de doenças para os seres humanos, os donos podem ficar despreocupados. “O único perigo é a raiva, quando estes animais vivem em quintais de regiões com morcegos ou outros hematófagos (parasita que se alimenta de sangue)".
Higiene
Garcia recomenda raramente dar banhos e, quando o fizer, “deve-se ter o cuidado de colocar um chumaço de algodão nas orelhas, para evitar a entrada de água, e secá-los muito bem, para não terem fungos posteriormente”.
 “O correto é higienizá-los utilizando um pano úmido com álcool e vinagre, entre uma a duas vezes por semana”, recomenda. Limpar sempre a gaiola é outro cuidado fundamental e evita que o ambiente fique cheirando a fezes.
Refeição
Em alguns países andinos, como o Peru e o Equador, cultivou-se o hábito das civilizações pré-colombianas de consumir a carne desse animal. O sabor lembra bastante a carne de frango. Garcia explica: “Consumir a carne do porquinho-da-índia é costume tradicional nesses países. Ela possui pouca gordura e baixo colesterol. É uma carne boa para o consumo.”
Alguns cientistas defendem a teoria de que o consumo de porquinhos-da-índia e coelhos seria uma solução eficiente para a crise de fome no mundo, já que eles se proliferam com facilidade e rapidamente, além de serem muito nutritivos.
A foto da peça de cerâmica ao lado, de autoria de Sylvain,  foi tirada no Museu de Arqueologia de Lima, no Peru, e é do período em que os incas habitaram a região. Um dos muitos indícios de que essa civilização já convivia com os porquinhos há algum tempo, conseguindo até mesmo domesticá-los.
FONTE: ARCA UNIVERSAL

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