No último dia 7 de julho, a rede de televisão ABC exibiu nos Estados Unidos a primeira entrevista com a norte-americana Jaycee Dugard, de 31 anos, que passou 18 deles em cativeiro, após ser sequestrada aos 11, em 1991. Ao contar parte de sua dramática história, ela detalhou como conseguiu viver quase duas décadas controlada, manipulada e frequentemente estuprada, no abrigo em que fora mantida presa pelo casal Philip e Nancy Garrido, que a raptou quando ela esperava o ônibus para ir à escola.
Ao ser questionada sobre como conseguiu suportar tanto sofrimento, ela afirmou: "Você pode imaginar ser espancada até a morte. Pode imaginar ser sequestrada e estuprada. Então, você faz o que precisa fazer para sobreviver."
A exemplo da austríaca Natascha Kampusch – que viveu situação semelhante –, Jaycee está lançando sua biografia (A Stolen Life - Uma Vida Roubada), relatando seu drama, pois acredita que ao tornar públicos os detalhes de seu sequestro pode mostrar a outras pessoas que elas têm condições de enfrentar situações difíceis e sobreviver.Ela afirmou ainda que agora comemora coisas simples da vida, que passaram a ser notáveis para ela, como o fato de poder pronunciar seu próprio nome, o que era proibido pelos Garrido. “Finalmente, posso caminhar até o cômodo ao lado e ver minha mãe. É inacreditável poder simplesmente entrar num carro e ir à praia com outras garotas”, declarou emocionada.
A Justiça dos EUA condenou Phillip Garrido, que teve duas filhas com Jaycee, a 431 anos de prisão. As meninas, já adolescentes, vivem com a mãe em lugar não-revelado, fazem terapia, reeducação e recebem cuidados médicos para voltar à vida normal. A esposa do agressor, Nancy, que era conivente com a situação, foi condenada à prisão perpétua, mas, por ter feito um acordo com a promotoria, poderá cumprir pena de 36 anos.
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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