domingo, 31 de outubro de 2010
ESTRESSE DIMINUI INTERESSE SEXUAL
Cláudio tem 38 anos e é casado há cinco com Clarice, de 36 anos. Eles são felizes, se divertem juntos e continuam apaixonados. Quase tudo é muito excitante na vida do casal. Bem, quase tudo. Há um ano Cláudio começou a sentir dificuldades de ereção, percebeu também que suas ereções matinais não ocorrem mais.
Então, passou a trabalhar mais, para chegar tarde em casa. Evita dormir na mesma hora que a esposa, e se refugia na frente da televisão. Clarisse, no começo, achou estranho e desconfiou que Cláudio estava tendo um caso. Mas, a história clínica de Cláudio aponta: ele sofre de um problema comum, a perda de interesse sexual devido ao estresse.
Vamos ouvir um pouco mais sobre a história de Cláudio: "é doutor, nós trabalhamos com produtos importados. Há seis meses o dólar subiu e nossas mercadorias ficaram encalhadas, não consigo pagar nossos funcionários. E tudo piorou quando o banco entrou na Justiça para receber o empréstimo. Desde então, fico agitado, não durmo direito, estou nervoso", conta para o médico
Cláudio apresenta sinais de estresse. A tendência dele é de se isolar e até de demonstrar pouco afeto, o que acaba comprometendo ainda mais a qualidade do relacionamento do casal.
Por outro lado, Clarice, acaba se dedicando cada vez mais ao trabalho e geralmente ocupa os horários de convivência do casal em busca de solução dos problemas enfrentados no dia a dia do escritório. Com isto, ela acaba evitando o contato físico e não estimula mais seu marido.
Como o estresse age no corpo
O estresse, mais do que um vilão, é a expressão biológica da luta pela manutenção da vida.
O hipotálamo é uma das estruturas do sistema nervoso que coordena, em grande parte, as reações frente ao agente estressante. Ele provoca mudanças hormonais no corpo, como o aumento de cortisol, de adrenalina, que causa redução do fluxo sanguíneo para o pênis e endorfinas. Além disso, o hipotálamo provoca redução de testosterona, responsável em grande parte pela libido, estrógenos e hormônios tireoideanos.
Assim, em decorrência destas modificações hormonais, a vontade de fazer sexo reduz drasticamente, pois o objetivo fundamental do corpo e da mente frente ao estresse é sobreviver com um mínimo de gasto energético. E sexo significa gastar muita energia. Logo, a atividade sexual é uma das primeiras funções orgânicas a decair e uma das últimas a retornar à normalidade após o estresse.
Como enfrentar esta situação?
Uma das primeiras ações é conversar abertamente sobre as dificuldades da vida sexual enfrentadas por ambos, ou seja, diminuir o grau de exigência de si mesmo em relação ao sexo e ter a capacidade de se conscientizar sobre a própria insegurança e a falta de desejo.
Outras medidas podem ser simples quando incorporadas ao cotidiano do casal: realizar pequenas viagens ou atividades divertidas nos finais de semana, praticar esportes, fazer massagem e/ou técnicas de relaxamento, como ioga e tai chi chuan. Enfim, procurar realizar atividades que propiciem o maior contato e intimidade do casal, além de ajudar a bloquear as preocupações.
Entretanto, quando não se consegue romper ou anular as fontes de estresse, deve-se buscar a ajuda de um psicoterapeuta para o casal ou de forma individual, o que pode vir associada a tratamento com remédios para a disfunção erétil (ou impotência), além da utilização de tranquilizantes quando necessário.
Nem sempre podemos reduzir os problemas da vida moderna que causam o estresse. Mas, podemos orientar condutas para que uma parte tão importante da vida como o sexo não seja comprometida pelos desgastes gerados por um mundo a cada dia mais tenso, competitivo e menos seguro. Descubra o que nos deixa estressados.
FONTE: GUIA-ME
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