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domingo, 22 de agosto de 2010

ESCRITOR DE 16 ANOS LANÇA PRIMEIRA PARTE DE SUA TRILOGIA NA BIENAL DO LIVRO


“Não consigo dar o final para a minha saga, por isso sempre escrevo mais um pouco”, confessa Eric A. A. Oliveira. Assim, escrevendo sempre mais um pouco, o autor baiano de apenas 16 anos e já produziu uma trilogia – o primeiro livro, “O Dragão do Ventre de Ouro”, está sendo lançado na 21ª Bienal do Livro e foi escrito aos 11 anos; as duas próximas partes da saga já estão prontas. O primeiro volume conta a história de Carlos Looendvog, um garoto de 12 anos que passa por um monte de desafios para encontrar o ovo de um dragão.




Durante a feira de livros, que acontece em São Paulo e vai até domingo (22), Eric falou ao iG Jovem – com seu jeito surpreendentemente polido para um menino tão novo – sobre o processo de criação, os autores que o inspiram e a influência da mãe, que costuma dar toques, inclusive para a sessão de fotos – nem sempre atendidos.



iG Jovem: Você fez o livro aos 11 anos. Como foi escrever tão cedo?

Eric Oliveira: Eu comecei lendo livros como “Harry Potter”, “O Senhor dos Anéis”, que me deram base. Mas minha família sempre me incentivou com livros didáticos, viagens e passeios. Minha mãe contava histórias que ela mesma criava e, quando ela pulava alguma parte, eu pedia para voltar para contar tudo direito. Eu sempre tive fascínio por jornadas, sagas e aventuras. Foi daí que eu tive a ideia de criar a saga de Carlos Looendvog.




iG Jovem: Como você fez para criar e escrever “O Dragão do Ventre de Ouro”?

Eric Oliveira: No começo, eu só escrevia nas férias. Eu tirava duas horinhas por dia e já era o suficiente. Mas comecei a querer escrever mais, passava mais tempo no quarto e levava meu caderno para todos os lugares aonde ia.



iG Jovem: Os personagens têm nomes bem diferentes: Jimmy, Zamil, Looendvog... Como você escolheu todos esses nomes?

Eric Oliveira: Eu queria que ficasse bem diferente dos nomes dos personagens da ficção de hoje em dia, porque acho todos eles muito batidos. Juntei uns nomes com outros, peguei umas palavras aleatórias... Até sorteava algumas letras para formar uma palavra.



iG Jovem: E de onde você tirou “Looendvog”?

Eric Oliveira: Sabe que eu não faço a menor ideia? [risos] Foi puramente processo criativo.



iG Jovem: Como você se inspirava quando viajava com sua família?

Eric Oliveira: Principalmente a personalidade das pessoas e o cenário. Tenho paixão pelo cenário brasileiro!





"Minha mãe lê os rascunhos e me dá umas ideias", conta Eric



iG Jovem: Alguém deu umas dicas enquanto você escrevia?

Eric Oliveira: Minha mãe já leu todos os meus rascunhos e dá uma ideia de vez em quando, mas eu quase nunca aceito. Ela costuma falar para a fala do personagem ser menor, quer que fique um pouco menos formal e quer fazer umas alteraçõezinhas.



iG Jovem: Quais são seus escritores preferidos?

Eric Oliveira: J.R.R. Tolkien, que fez “O Senhor dos Anéis”. Para mim, ele não tem comparação. Ele é o cara, é o melhor. Eu me espelho muito nele. Se eu tiver oportunidade, eu vou escrever bastante e não vou parar mais.



iG Jovem: E os livros dos quais você mais gosta?

Eric Oliveira: “Harry Potter”, “As Crônicas de Nárnia”, “Percy Jackson e O Ladrão de Raios” – e, por incrível que pareça, eu gostei mais do filme. O livro estava muito resumido e o filme, mais aberto. Também me inspirei em “Sherlock Holmes” e em alguns autores brasileiros como Luís Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte Preta [cujo nome verdadeiro era Sérgio Porto].



iG Jovem: Você sonha em transformar sua saga em filme?

Eric Oliveira: Eu sonho, mas acho que os diretores de cinema não iam gostar muito. Eu sou muito detalhista e eles teriam que me aturar.



iG Jovem: Você pretende exportar seus livros?

Eric Oliveira: Essa ideia já me ocorreu várias vezes. Já que eu vou lançar uma saga, eu acho importante que seja bem divulgada tanto no Brasil quando no mundo.



iG Jovem: Hoje você tem 16 anos e escreveu o livro aos 11. Como é uma fase em que se amadurece muito, você não quis mudar nada por ter achado meio imaturo ou até mesmo bobo?

Eric Oliveira: Às vezes, mas nada é por acaso. O que está lá não deve ser mexido. Agora preciso trabalhar no que está por vir.



iG Jovem: Quais são essas próximas histórias?

Eric Oliveira: Eu tentei começar com o gênero de terror, mas não deu muito certo [risos]. Ficou muito sanguinário, então voltei para a ficção.



iG Jovem: O que seus amigos pensam sobre o fato de você ser escritor e já ter um livro lançado na Bienal?

Eric Oliveira: Eles acham bem interessante e estão me ajudando muito na divulgação. Meus amigos e minha família sempre foram um incentivo muito grande para mim. Eu até tenho alguns amigos que, incentivados por mim, sonham em virar escritores também.



iG Jovem: E o que eles disseram sobre seu livro?

Eric Oliveira: Que estava bom, mas está faltando um final. Precisa de outro.



iG Jovem: Você acha mais difícil criar o começo ou o final?

Eric Oliveira: Na verdade, é muito mais complicado terminar um livro. Terminar uma saga, então... Aliás, eu não consigo dar o final para a minha saga, por isso sempre escrevo mais um pouco.



iG Jovem: É, você já tem mais dois livros. Do que eles tratam?

Eric Oliveira: As duas continuações envolvem mais portais do tempo, vilões mais poderosos, outras realidades, mas sempre dentro do tema de ficção.



iG Jovem: Você prefere “Harry Potter” ou “Crepúsculo”?

Eric Oliveira: Eu tenho uma preferência um pouco maior por “Harry Potter”.



iG Jovem: Você já sabe do que vai fazer faculdade? Letras, talvez?

Eric Oliveira: É uma ótima pergunta! Todos os dias eu me faço essa pergunta e eu não sei responder.



FONTE: IG JOVEM

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