Por Marcelo Cypriano
Uma das raças de gato mais antigas do mundo, o Angorá é originário da Turquia, mais especificamente da região de Ancara (“Angora” é um dos nomes antigos do local). Levado para a Europa no início do século 17, era muito apreciado, principalmente no Reino Unido, até o período Vitoriano, época em que os exemplares de angorás quase desapareceram no continente. Apreciadores manipularam os cruzamentos de forma a evitar que desaparecessem, e o angorá de hoje é quase uma recriação baseada no original.
Com a manipulação, a pelagem da espécie melhorou bastante, e surgiram novas cores. Originalmente, o branco e o laranja eram as cores representativas da raça, mas os cruzamentos fizeram que várias outras cores fossem aceitas, exceto o padrão que se assemelha ao dos siameses.
O angorá é um gato médio, com dois tipos de pelagem: curta (mais rara) e comprida (a mais conhecida), bem farta, principalmente na região do pescoço e na cauda, com tufos de pelos na parte de dentro das orelhas. Tem os olhos grandes e claros (em âmbar ou azul, às vezes com heterocromia: cada olho de uma cor diferente, podendo um deles ser verde). O nariz é médio (ainda assim, maior que o dos persas, que o têm mais achatado). No padrão oficial da raça, os membros traseiros são um pouco maiores que os dianteiros, deixando a anca mais elevada. O focinho e os coxins palmares e plantares (as “almofadinhas” sem pelos nas solas das patas) são cor-de-rosa.
Costuma ser dócil, carinhoso e amistoso com visitantes. Muito ativo, gosta de procurar os lugares mais altos da casa, de onde “vigia” seus donos, aos quais é muito apegado. É uma raça muito inteligente. Também pode ser muito apegado a outros animais da casa e da vizinhança. Embora goste de passeios, não costuma ir muito longe de casa. Dentro dela, adora ficar deitado em almofadas e estofados. Precisa de pouco espaço para se exercitar, sendo muito bom para quem mora em apartamentos.
Conseguir um angorá não é tão fácil quanto outras raças. Embora haja gatis que sempre os tenham, sua raridade se deve às ninhadas da raça serem sempre pequenas, geralmente de um a três filhotes.
Como todo gato de pelos longos, precisa de escovação diária e banhos preferencialmente quinzenais. A escovação diária evita a queda natural dos pelos pela casa. Também evita que eles se embolem e causem doenças de pele. Os pelos embolados acumulam sujeira e umidade, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias. Como o gato tem o costume diário de se lamber, frequentemete acaba engolindo pelos mortos, que formam bolas em seu estômago e prejudicam muito a saúde.
Alimentação adequada com rações próprias para felinos de pelos longos é indicada. Procure sempre o médico veterinário para uma orientação correta de como alimentar e cuidar da pelagem se seu animal de estimação.
Com a colaboração do médico veterinário Mário Arico Jr., da Pet Shop Cândido-Motense (Osasco – SP)
FONTE: ARCA UNIVERSAL
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