A literatura de cordel é a principal fonte de inspiração para a nova novela das seis da TV Globo, “Cordel Encantado”, que estreia nesta segunda (11), às 18h20.
As histórias de amor e aventura terão como pano de fundo as lendas heróicas do sertão nordestino e a tradição da realeza europeia, que já foram retratadas diversas vezes nos poemas de cordel.
As histórias de amor e aventura terão como pano de fundo as lendas heróicas do sertão nordestino e a tradição da realeza europeia, que já foram retratadas diversas vezes nos poemas de cordel.
Divulgação/Globo
O folhetim focará no romance do casal de protagonistas Açucena (Bianca Bin) e Jesuíno (Cauã Reymond). Ela é uma garota brejeira que foi criada por humildes lavradores no Nordeste, sem ter ideia de que, na verdade, ela é uma princesa de um reino europeu. Já Jesuíno é um jovem sertanejo, que não sabe que é filho de um dos cangaceiros mais populares do local.
Ficha técnica
Uma novela de Thelma Guedes e Duca Rachid
Direção de Gustavo Fernandez, Natália Grimberg e Thiago Teitelroit
Direção geral de Amora Mautner
Direção de Núcleo: Ricardo Waddington
Horário: 18h20
Antecessora: “Araguaia”, escrita por Walther Negrão
Elenco
Bianca Bin - Açucena Bezerra / Aurora Catarina
Cauã Reymond - Jesuíno Araújo
Alessandro Tcche - Soldado Rufino
Ana Cecília Costa - Virtuosa Bezerra
Andreia Horta – Bartira
Bárbara Maia - Dulcina
Berta Loran – Efigênia
Bruno Gagliasso - Timóteo Cabral
Caio Manhante- Zig
Carmo Dalla Vecchia - Rei Augusto
Claudia Ohana - Siá Benvinda
Debora Bloch - Duquesa Úrsula
Débora Duarte – Amália
Domingos Montagner – Herculano
Emanuelle Araújo - Florinda
Emilio de Melo - General Baldini
Enrique Diaz - Euzébio Bezerra
Felipe Camargo - Duque Petrus
Flávia Rubim - Filó
Genézio de Barros - Padre Joaquim
Glicério Rosário – Setembrino
Guilherme Fontes - Zenóbio Alfredo
Heloísa Perissé – Neusa
Ilva Nino - Cândida
Isabelle Drumond – Rosa
Jayme Matarazzo - Príncipe Felipe
João Fernandes Nunes – Eronildes
João Miguel - Belarmino
Land Vieira - Tibungo
Luana Martau - Lady Carlota
Lucy Ramos - Maria Cesária
Luiz Fernando Guimarães - Nicolau Brugüel
Luiza Valdetaro – Antônia
Marcello Novaes - Quiquiqui
Marcelo Flores - Cabo Paçoca
Marcos Caruso - Patácio Peixoto
Matheus Nachtergaele - Miguézim
Maurício Destri - Infante Dom Inácio
Max Lima – Juca
Miguel Rômulo - Cícero Bezerra
Mohamed Harfouch – Farid
Nanda Costa – Lilica
Nathalia Dill - Dora
Osmar Prado - Delegado Batoré
Patrícia Werneck - Téinha
Paula Burlamaqui - Penélope
Renan Ribeiro – Galego
Renato Góes – Fausto
Sofia Terra - Lady Cecília
Tony Tornado - Damião
Tuca Andrada - Zóio-Furado
Zezé Polessa - Dona Ternurinha
Participações Especiais:
Alinne Moraes - Rainha Cristina
Beth Berardo - Angélica Cabral
Mariana Lima - Rainha Helena
Reginaldo Faria - Coronel Januário Cabral
Thiago Lacerda - Rei Teobaldo
Zé Celso Martinez – Amadeus
A profecia
O pregador Miguézim (Matheus Nachtergaele) terá um sonho, que para ele trata-se de uma profecia. Ele, que é considerado santo por alguns e mendigo por outros, sonhará com uma bola de fogo que surge no céu e cai em pleno sertão. Rapidamente, as chamas se espalham e devastam o local. Porém, na manhã seguinte, uma chuva faz brotar uma flor vermelha, denominada açucena. O ‘profeta’ acredita que o sonho aponta para um rei que surgirá no local e transformará a fome em fartura.
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O que ele não sabe é que o monarca Augusto (Carmo Dalla Vecchia) terá o mesmo sonho no reino de Seráfia do Norte, na velha Europa. Assustado, o rei irá procurar Amadeus (Zé Celso Martinez) para ajudá-lo a entender o significado. O sábio dirá que o sonho representa uma longa viagem que Augusto realizará ao hemisfério sul, onde deixará um precioso bem, que permitirá ao lugarejo encontrar a felicidade e a justiça.
Acordo de paz
Os reinos europeus de Seráfia do Norte e de Seráfia do Sul vivem em guerra há séculos, ruptura causada por uma grande revolução popular. Após um forte combate, Teobaldo (Thiago Lacerda), monarca do reino do sul, é levado entre a vida e a morte para seu palácio. Enquanto isso, Augusto corre para conhecer sua filha: Aurora Catarina de Seráfia (Bianca Bin), que acabava de nascer.
Já Helena (Mariana Lima), revoltada com o estado de saúde de seu marido, Teobaldo, procura Augusto e implora para que ele coloque um ponto final na guerra entre os dois reinos. Comovido, o rei procura o adversário e propõe que sua filha Aurora (Bianca Bin), ao completar a maioridade, se case com o herdeiro do reino do sul, Felipe (Jayme Matarazzo), unificando os dois reinos. Teobaldo aceita o acordo, porém morre logo depois. Com a decisão, as duas crianças são apresentadas ao público como os futuros monarcas do reino unificado.
Vinda ao Brasil
Não irá demorar muito tempo para o rei Augusto desembarcar em terras brasileiras. Ao ser informado pelo botânico Zenóbio Alfredo (Guilherme Fontes), que o país tropical possui um tesouro escondido, o rei, que é amante das ciências, autoriza uma expedição ao país e resolve liderar a empreitada. Com ele, irá sua esposa, Cristina (Alinne Moraes), que levará a pequena Aurora.
Vilania familiar
A família real de Seráfia do Norte sofrerá nas mãos de Úrsula (Débora Bloch), cunhada de Augusto. Com o auxílio do escudeiro Nicolau (Luiz Fernando Guimarães), a elegante e sofisticada duquesa usará sua falsidade para tentar se tornar a nova rainha da região. Ela aproveitará a viagem ao Brasil para colocar seu plano em prática e tentar destruir a vida da rainha Cristina e da princesa Aurora.
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No passado, a vilã teve um rápido relacionamento com Augusto, entretanto foi trocada pouco tempo depois pela plebéia Cristina. Sem escolha, ela resolveu se casar com Petrus (Felipe Camargo), irmão do rei. Porém, ela nunca desistiu do trono de rainha e tentará de toda maneira se livrar do marido. E ela aproveita uma batalha entre os dois reinos para prendê-lo em uma torre com uma máscara de ferro, para que ninguém o reconheça. Com o plano executado com sucesso, ela informa a todos que seu marido morreu durante os combates. Após se livrar de Petrus, o objetivo da megera é acabar com a rival Cristina.
O cangaço
Na pequena Brogodó, vive o capitão Herculano (Domingos Montagner), o mais famoso dos cangaceiros, casado com Benvinda (Cláudia Ohana) e pai de Jesuíno (Cauã Reymond). Para dar segurança à família, o cangaceiro leva a esposa e o filho para a fazenda do coronel Januário (Reginaldo Faria). Em troca, ele promete oferecer proteção ao dono da maior fazenda de toda a região.
Antes de se despedir da família, Herculano diz que voltará quando Jesuíno for um homem feito, para que ele se torne um grande cangaceiro, revoltando Benvinda, que não quer que seu filho se envolva em um cotidiano marcado por violência, dor e sofrimento.
A profecia se torna realidade
As confusões na expedição da corte a Brogodó começam logo no início. Nicolau descobrirá que o cangaceiro Herculano pretende roubar a comitiva. Ao ser informada, Úrsula acredita que a ocasião será perfeita para ela se livrar da rainha Cristina e da herdeira Aurora.
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Ao encontrar o tesouro, a comitiva será surpreendida por Herculano, que ataca como previsto. Nicolau aproveita o momento para roubar a carroça com o tesouro, a rainha e a princesa e acusa os cangaceiros pelo desaparecimento. Porém, durante a fuga, a roda da carroça quebra e Cristina consegue fugir. Ao avistar a casa dos lavradores Euzébio (Enrique Diaz) e Virtuosa (Ana Cecília Costa), ela implora para que eles fiquem com sua filha, já que teme que a criança seja vítima de Úrsula. A família aceita e Cristina continua sua fuga.
Entretanto, Nicolau encontra a rainha e consegue capturá-la. Os dois lutam em uma carroça em movimento, que cairá de um precipício. O vilão consegue se salvar, mas Cristina e o tesouro encontrado voam pelos ares.
Após o término do combate, Herculano volta para seu esconderijo. Mas, no caminho, ele encontra os destroços da carroça e Cristina, que está à beira da morte. A moça faz um único pedido ao cangaceiro: que ele conte ao rei toda a verdade sobre sua filha.
Para justificar o sumiço de Cristina e Aurora, Nicolau e Úrsula mentem para o rei, dizendo que os cangaceiros fugiram com a rainha, a princesa e o tesouro em uma carroça. Já para Úrsula, o vilão mente e garante que deu um fim tanto na rainha como na princesa. Convencido de que as duas estão mortas, Augusto resolve voltar à Europa exatamente como em seu sonho: deixando sua maior riqueza para trás, a filha Aurora.
A flor em plena caatinga
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Sem imaginar, Augusto deixou sua filha viva no sertão brasileiro. Por aqui, ela é cuidada com todo o amor do mundo por seus novos pais e é batizada com o nome de Açucena, a mais bela flor da região. Os pais adotivos da garota vivem na fazenda de Januário (Reginaldo Faria) e Angélica (Beth Berardo), que cuidará de Açucena como se fosse sua filha.
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No lugarejo, Açucena fará vários amigos na escola, entre eles Jesuíno, filho de Herculano e Benvinda. Tanto Jesuíno como Açucena desconhecem seus passados. Enquanto ele não sabe que é filho do rei do cangaço, a garota não faz ideia de que é herdeira de um monarca europeu. Com o passar do tempo, a amizade dos dois acaba se transformando em amor e a relação entre eles será a principal arma contra as maldades do ‘playboyzinho’ Timóteo (Bruno Gagliasso), filho do coronel Januário.
O malvado playboy
Enquanto o coronel Januário (Reginaldo Faria) administra a fazenda em que vivem, o romance de Açucena e de Jesuíno segue na maior calmaria. Porém, com a morte do fazendeiro, seu filho Timóteo resolve voltar para cuidar dos negócios da família, após uma passagem pelo Rio de Janeiro.
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O herdeiro abusará de seu poder e maltratará os sertanejos de Brogodó. E para piorar a situação do casal, o rapaz fará de tudo para acabar com o relacionamento dos dois, já que ele sempre cobiçou a princesinha e jamais admitiu perdê-la para o filho do cangaceiro.
A princesa está viva
A mentira sustentada por Nicolau não será eterna. O botânico Zenóbio resolveu permanecer no Brasil após a volta do rei Augusto à Europa. E será a ele que o cangaceiro Herculano contará toda a verdade dita por Cristina antes de morrer. Passados 20 anos, ele procurará Zenóbio e dirá que a filha de Augusto está viva. Imediatamente, o cientista decide ir até o reino de Seráfia para dar a notícia pessoalmente ao rei.
França e Sergipe como cenários
A equipe da novela de Thelma Guedes e Duca Rachid embarcou para duas regiões para retratar como maior fidelidade as tramas a serem desenvolvidas. Os diretores escolheram a França e o sertão de Sergipe como cenários para o folhetim. Na França, a novela retratou a realeza europeia, enquanto no Nordeste, serão mostrados os universos de Brogodó e do cangaço.
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Na Europa, a equipe gravou no Castelo de Chambord, no Vale do Loire. Lá estiveram os atores Luiz Fernando Guimarães, Débora Bloch, Jayme Matarazzo, Carmo Dalla Vecchia, Felipe Camargo e Guilherme Fontes, entre outros. As cenas dirigidas por Ricardo Waddington e Amora Mautner contaram com mais de 200 figurantes.
Já no Nordeste, foi escolhida a cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe. Nas paisagens áridas do local, os atores Alinne Moraes, Carmo Dalla Vecchia, Debora Bloch, Luiz Fernando Guimarães, Guilherme Fontes, Emílio de Mello, Domingos Montagner e Claudia Ohana gravaram externas durante quatro dias.
Laboratório
Alguns atores do elenco tiveram que passar por uma preparação específica para dar vida a seus personagens da forma mais fiel possível. É o caso de Bruno Gagliasso, que interpreta o playboy Timóteo. Para o papel, Bruno precisou aprender a usar uma bengala, que será uma das marcas que mostrará o grau de superioridade que Timóteo acredita ter. Além disso, ele aparecerá tocando os demais personagens com a bengala.
Já os protagonistas Bianca Bin e Cauã Reymond precisaram frequentar aulas de montaria em um rancho localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, para as cenas de cavalgada.
Farid (Mouhamed Harfouch), Quiquiqui (Marcelo Novaes), Setembrino (Glicério Rosário) e Galego (Renan Ribeiro)
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Enquanto isso, Glicério Rosário (Setembrino), Mouhamed Harfouch (Farid) e Marcello Novaes (Quiquiqui) precisaram aprender respectivamente triângulo, acordeón e zabumba para aparecerem em cena tocando forró. O trio começou a usar os instrumentos musicais no mês de janeiro e desde então não interrompeu mais os treinos. Além de aprender zabumba, Marcello Novaes ainda contou com a ajuda de uma fonoaudióloga e de amigos para interpretar um gago engraçado no folhetim.
Cidade Cenográfica
“Cordel Encantado” marcará a estreia do cenógrafo João Irênio nas novelas da emissora. Antes disso, ele havia trabalhado apenas em minisséries e programas. O profissional conduziu a construção da cenografia da fictícia Brogodó, que conta com 14 mil metros quadrados de área construída.
A cidade cenográfica contará com elementos de diversas épocas e lugares, como Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Tiradentes (MG) e João Pessoa (PB). Entres os ambientes retratados pela novela estão a prefeitura de Brogodó, a casa da fazenda do coronel Januário, a vila dos trabalhadores e a Vila da Cruz, comunidade fundada pelo profeta Miguezin, que é composta de casebres e uma igreja.
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Nos cenários sertanejos da trama, a equipe de produção e arte escolheu elementos coloridos, rústicos e tipicamente brasileiros para comporem os ambientes. Alguns deles, por serem de época, já não existiam mais e precisaram ser confeccionados exclusivamente para a novela.
Figurinos
A equipe de figurinistas de “Cordel Encantado” conta com oito profissionais, que analisaram mais de 40 filmes e 9 gigabytes de material para compor as vestimentas e os acessórios dos personagens.
Como na maioria das novelas de época, a maior parte das peças foi produzida pela Central Globo de Produção. As poucas que foram compradas pela emissora sofreram grandes mudanças e algumas aplicações. Na novela, os telespectadores poderão conferir um desfile de grande variedade de chapéus, joias e produtos artesanais.
Polêmica no nome
O título da próxima novela das seis causou polêmica entre os integrantes da antiga banda “Cordel do Fogo Encantado”. Em fevereiro, o ex-líder do conjunto, José Paes de Lira, acusou a TV Globo de ter sido desrespeitosa com a história da banda, que encerrou suas atividades em 2010. Além disso, ele lamentou o fato de a emissora não ter consultado os ex-integrantes do conjunto antes de batizar a novela.
Na ocasião, a Globo disse que a escolha do nome foi feita dentro da lei e que o registro do nome pertence à emissora. Além disso, a assessoria do canal garantiu que o nome da novela surgiu a partir de uma sugestão das autoras e da diretora Amora Mautner.
As autoras
As novelistas Thelma Guedes e Duca Rachid trabalham juntas desde 2006 e partem para a terceira novela da parceria. Antes disso, elas escreveram o remake de “O Profeta”, de Ivani Ribeiro, e “Cama de Gato”, primeira sinopse inédita da dupla.
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A ideia de escrever “Cordel Encantado” surgiu logo após o término dos trabalhos de “O Profeta”, porém ficou guardada pela TV Globo, que esperava a oportunidade de lançar uma nova novela de época na faixa das 18h.
Antes de iniciar a parceria com Duca, Thelma trabalhou como colaboradora nas novelas “Vila Madalena”, de Walther Negrão, “Esperança”, de Benedito Ruy Barbosa, e “Chocolate com Pimenta” e “Alma Gêmea”, ambas de Walcyr Carrasco.
Já Duca Rachid estreou na Globo em 2000, como colaboradora de “O Cravo e a Rosa”. No ano seguinte, trabalhou novamente ao lado de Walcyr Carrasco em “A Padroeira”. Antes disso, escreveu “Tocaia Grande” para a extinta TV Manchete e “Os Ossos do Barão” no SBT.
FONTE: PLANETA TV
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