A problemática do preconceito é o tema central do filme “Crash – No limite”. Mesmo quando não verbalizadas, em cada cena, é bem nítido para o espectador as complexidades que envolvem as questões raciais nos Estados Unidos, principalmente após o atentado às torres gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001.
A produção retrata as confusões ideológicas naquele país, que foram intensificadas após o maior ataque terrorista em território norte-americano. O drama urbano se passa na cidade de Los Angeles, na Califórnia, e mostra a interação entre diversas pessoas pertencentes a diferentes etnias. Cada uma delas lutando para superar medos e temores, estando imersas em seus próprios preconceitos.
Em um período de 36 horas, todos eles veem suas vidas sendo modificadas, após uma série de eventos inevitáveis, que trazem consequências impactantes. Entre os personagens, estão uma dona de casa e seu marido; um promotor público; uma lojista de origem árabe; dois detetives da polícia; um diretor de televisão afro-americano e sua esposa; dois policiais; um chaveiro mexicano; dois ladrões de carro; e um casal coreano de meia idade.
São muitos os momentos em que os estereótipos ficam evidenciados. Em uma das cenas, um homem negro e sua esposa são abordados por policiais e um deles molesta a mulher. Posteriormente, a mesma mulher sofre um acidente e é salva por outro policial, que para isso arrisca a própria vida.
“Crash” – disponível em DVD – demonstra que a velha prática de discriminar não está impregnada apenas entre brancos e burgueses. Ao assistir a produção, é possível identificar-se com várias atitudes das pessoas retratadas no filme e concluir que, independentemente de raça e classe social, é comum haver no ser humano uma pré-compreensão do mundo em sua volta, através do seu círculo de amizade ou dos ambientes que frequenta.
FONTE; ARCA UNIVERSAL
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