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sábado, 25 de junho de 2011

Entrevista com José Luiz Datena. Ele está de volta à Record


Por Débora Ferreira / Fotos: Edu Moraes

José Luiz Datena foi precursor do jornalismo policial ao vivo no Brasil, transmitido pela Rede Record no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Após 8 anos longe da emissora, ele retorna ao ar nesta segunda-feira (20), às 17h, com o novo Cidade Alerta, com a participação do comandante Hamilton (os dois na foto abaixo) – com informações direto do helicóptero da Record –, para transmitir ao telespectador, além de muita informação, a cobertura total e ao vivo das notícias de última hora.
Em entrevista concedida ao Portal Arca Universal, Datena conta suas histórias e fala da expectativa para o programa.
Quais são as inspirações para a realização do seu trabalho?
Costumo me inspirar no povo mesmo. Eu digo o que as pessoas gostam de ouvir. Parto do princípio de que quanto mais perto da opinião popular, mais junto estamos do telespectador. Me inspiro também em bate papo com os amigos, pessoas que cruzo na rua e emitem determinados conceitos. E é como aquela frase diz: “A voz do povo é a voz de Deus.”
O que te fez migrar do jornalismo esportivo para o policial?
Foi a necessidade. Na época eu seria mandado embora e me disseram que eu teria que apresentar um jornal de polícia. Se não aceitasse, seria demitido. Foi quando comecei a apresentar.
Por que o seu programa faz tanto sucesso?
Creio que seja porque o povo me entende, não tento fazer firulas e nem teses. Meu programa é um bate papo. Ajudamos a iniciar a cobertura ao vivo e mostrar o que está acontecendo naquele momento. Hoje, em grandes acontecimentos, o espectador corre para a Record, porque a emissora apresenta um imediatismo muito forte, que antes não existia. O objetivo é atrapalhar a concorrência. E nós vamos fazer.
Existe algum fato que te marcou mais?
O momento mais marcante, no jornalismo mundial, foi o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, em Nova York, nos Estados Unidos. Afinal, foi uma situação absurdamente inesperada. Lembro que o diretor de jornalismo, na época, me acordou dizendo o que tinha acontecido. Já no âmbito nacional foi o sequestro do ônibus 174, em 12 de junho de 2000, no Rio de Janeiro. Foi terrível e acabou muito mal, pois vimos o assaltante Sandro do Nascimento e a refém Geísa Gonçalves morrendo. Então, foram dois marcos.
O seu trabalho tem alguma relação com a fé?
A minha vida tem relação com fé. Eu acredito muito em Deus. Ele faz parte da minha vida desde o minuto em que eu acordo até na hora de dormir. Eu acredito de verdade. Não digo que confio Nele para fazer marketing. Eu gosto e adoro a Deus. A vida sem Ele é em vão e não existe. Viver sem Deus não tem propósito. Existir sem pensar em Deus é viver para nada.
Qual o diferencial do novo Cidade Alerta?
O único diferencial que esse programa tem são os equipamentos de agora, todos muito modernos e bem melhores. Na época que trabalhei aqui, a Record não era essa potência que é agora. Para fazer esse tipo de jornalismo, ao vivo, tem-se a necessidade de ter bom suporte técnico. Além disso, já conheço muitas pessoas, com as quais trabalhei naquela época. Elas já faziam coisas mágicas, imagina o que fazem hoje com essa estrutura. Vai dar muito certo. O programa será um sucesso.
Você acredita que o Cidade Alerta serviu de base para outros programas?
Na realidade não, mas foi o diferencial, um marco. Inclusive, quando estavam cogitando a minha vinda para cá pensaram qual seria o nome para o programa, mas eu disse que já tinha, e que seria Cidade Alerta, pois é uma marca, um divisor de águas. Esse nome é muito forte, marcou na vida das pessoas. Todos os outros que vieram, surgiram da calda do cometa, e esse cometa é o programa Cidade Alerta.
Antes da sua vinda para a Record, você e o comandante Hamilton trocaram ideias?
Sim, muitas ideais. Eu até falei para o Hamilton que se eu não viesse para cá, que seria bacana se ele aceitasse, porque a Record daria totais condições de trabalho. O impacto técnico é fantástico, e para o Hamilton isso facilita muito. Ele é uma pessoa de extrema capacidade, o melhor repórter aéreo que eu conheço. Aliás, a nossa parceria dá certo porque antes de sermos companheiros profissionais, somos amigos, vizinhos. Eu o adoro. Ele é um irmão que tenho e isso vai ajudar muito.
Nessa volta à Record, a quem pediu conselhos?
Eu só peço conselhos a Deus. Faço o que quero e o que meu coração manda.
Quais são suas expectativas para a estreia?
Não estou com grande ansiedade, estou muito à vontade com o fato de voltar para o lugar onde conheço tanta gente e sinto o calor humano imenso das pessoas. Parece que eu nunca saí daqui. Tenho muitas alegrias, e estar aqui me faz sentir em casa. Talvez eu esteja um pouco apreensivo e sinta o baque emocional na hora da estreia.

Colaboração: Michele Roza
fonte: ARCA UNIVERSAL

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