CAPITULO: 01
A NOITE era escura, sem lua no céu, sem estrelas! O vento frio soprava sobre a fazenda, agitando os galhos das árvores.
Um pessoa estava amarrada no tronco de uma árvore.
Sete adolescentes estavam ao redor, e o primeiro deles a erguer o chicote, foi uma menina. O chicote estalou nas costas do homem, que deu um grito de dor. Os outros onze adolescentes riram, deram gargalhadas.
Ela deu a segunda chicotada! Novamente risos!
-- bata mais, Carolina, mais!—Gritou pedr
Ela bateu novamente, e depois o chicote foi passando de mão em mão, cada um queria chicotear um pouco, até que a pessoa pendeu a cabeça para o lado, já com a vida saindo do seu corpo.
--- Ele morreu!—Gritou Cíntia!
-- Meu Deus, nos o matamos!—Disse Paula apavorada!
-- ERA apenas uma brincadeira!—Disse Rodolfo.
-- Fomos longe demais!—Disse Rafael.
-- Que importância tem!Ele era apenas um andarilho!—Disse Carolina.
-- Era uma andarilho mais era gente!—Gritou SAULO.
-- Temos que dar o fora daqui, gente!—Disse Mariana.
-- Não!—Gritou Carolina. – Antes temos que fazer um pacto! Ninguém pode saber o que aconteceu aqui, ninguém, entenderão?
Todos concordaram e disseram sim.
-- Será um segredo nosso! Ninguém poderá abrir a boca. Só estamos nós aqui nessa fazenda abandonada, ninguém poderá nos acusar!
MAS ATRÁS DO VELHO ESTABULO, ALGUÉM ESPIAVA OS SETE ADOLECENTES
Quinze anos depois...
SÃO PAULO...Mansão dos Conti...
Cristal estava em seu quarto, pois não desejava descer para jantar com a madrasta e nem com Carolina a filha dela. Ela e Carolina não se davam bem, a filha de sua madrasta era a maldade em pessoa.
Carlos Conti o pai de Cristal ainda não havia chegado de viagem. Cristal sabia que os negócios do pai não iam bem, e era isso que estava deixando Miranda a sua madrasta desesperada.
-- Não podemos ficar pobre!—Dizia ela lá embaixo.—Eu não abandonei o seu pai que era um joão ninguém para ficar com um homem rico que agora pode ir a falência! Isso nunca!
-- Meu pai! Coisas do destino não! Agora ele é um homem rico!—Disse Carolina.
-- Quem ia imaginar que aquele joão ninguém ia fazer fortuna!—Falou Miranda andando de um lado para o outro.
A porta da mansão foi aberta, e Carlos Conti entrou. Passou pela esposa e pela enteada sem dizer nada
-- Carlos, está tudo bem?—Perguntou Miranda.-- Como foi a viagem?
Ele entrou no escritório e bateu a porta.
No andar de cima, Cristal abriu a porta do quarto para sair.
No Escritório Carlos abriu a gaveta da escrivania, e seus dedos pousaram sobre o revólver.
Cristal atravessava o corredor, sentindo um grande aperto no peito!
Carlos levou a arma na cabeça!
Cristal começou a descer as escadas...
Carlos acionou o gatilho e a bala estourou a sua cabeça, jogando sangue e miolos na parede!
Cristal deu um grito desesperado!
-- Papai!
web novela de LOPES MARINHO
CAPITULO: 02
O ENTERRO de Carlos Conti foi no dia seguinte, debaixo de um fino chuvisco que caia sobre São Paulo
Cristal mesmo com o semblante triste, estava linda. Ela tinha vinte e sete anos. Naquele momento ela jogou uma rosa sobre o caixão do pai.
Seus olhos estava umedecidos...
Mirada a madrasta e Carolina a sua filha, foi se afastando, antes de terminar o enterro. Havia poucas pessoas ali. Os que se diziam amigos da família, se afastaram assim que souberam que Carlos Conti não tinha mais nenhum tostão.
Apenas uma amiga de Cristal estava ao seu lado, com a mão em seu ombro. Por fim ficaram apenas as duas ali, sob o chuvisco.
ENQUANTO ISSO...
Miranda e Carolina caminhavam naquele momento em direção ao carro.
-- Eu não acredito que aquele imbecil nos deixou sem nada!—Disse Miranda.
-- E ainda por cima teremos que aturar Cristal, pois metade daquela casa é dela!—Disse Carolina com uma raiva incontrolável!
-- Isso se nós não tivermos perdido, até a mansão, Carolina
-- Ficou louca, Mamaãe!—Carolina arregalou os olhos.
-- E mesmo que não tenhamos perdido a mansão, Carolina, não consiguiremos mante-la!-- Disse Mirada muito nervosa
-- Carlos foi um fraco, um idiota. Não foi homem para enfrentar os problemas!—Disse Carolina entrando no carro.
Cidade de Nova Fortaleza.
FAZENDA DO LAGO.
Um homem segurava com força nas mãos de seu advogado. Ele era Samuel Rojas.
-- Prometa que vai encontrar a minha filha, FLÁVIO, prometa! Prometa que vai encontrar Carolina!—Ele estava na cama, com dificuldade para respirar
-- Claro que vou encontra-la!—Disse FLÁVIO..—Tente descançar, Samuel, não se canse!
-- Tudo será dela, Flávio , Carolina será uma mulher rica. SE a maldita da Miranda não tivesse fugido e levado a minha filha, ela teria crescido junto de mim.
-- Samuel, você tem muito dinheiro, não é justo não deixar nada para o seu irmão.Tirando a sua filha, Rodrigo é seu único parente!
-- Ele é um bastardo! Rodrigo é um bastardo, filho do pecado!Ele não presta, é um assassino, matou o filho de Glauber Zonaro....
-- Ele jura que não foi ele!—Disse Flávio.
-- Foi ele sim, tanto que foi condenado!—Disse Samuel.—Faz sete anos que ele está naquela jaula...
-- Ele vai sair, o advogado dele conseguiu a liberdade condicional, por bom comportamento, breve ele vai sair.
-- E com certeza vem para cá. Ou vai atrás de Eva a sua ex mulher. Se eu fosse ele não iria atrás de Eva, ela está muito bem casada com Glauber. Glauber assumiu a criança, é como um pai para o pequeno Dominic, ele não pode voltar para a vida dela e atrapalhar tudo.-- Disse Samuel.
-- Aquela cláusula que você deixou no testamento ,que se dentro de dois anos não encontrarmos a sua filha, ou se ela estiver morta, só assim ele herda tudo... Você sabe que vamos encontrar a sua filha com certeza ela está viva, e ele vai ficar sem um centavao, acha justo isso?Elé é seu irmão!
-- Meio irmão! Ele é um bastardo, um bastardo!-- FALOU SAMUEL.
web novela de LOPES MARINHO
CAPITULO: 03
--AQUELA cláusula que você deixou no testamento que se dentro de dois anos não encontrarmos a sua filha, ou se ela estiver morta, só assim ele herda tudo. Você sabe que vamos encontrar a sua filha, com certeza ela está viva, e ele vai ficar sem um centavo. ACHA justo isso? Ele é seu irmão!--Falou Flávio
-- Meio irmão. Rodrigo é um bastardo, um bastardo!-- DISSE Samuel
PRESÍDIO...
O portão do presídio foi aberto, e um rapaz alto, loiro de olhos azuis, saiu com uma simples mochila nas costas.
O sol atingiu em seu rosto, e ele abriu e fechou os olhos.
A porta de um carro do outro lado da rua, foi aberta, e um par de pernas femininas desceu, indo em direção a ele.
-- Eva!
A mulher alta, bonita, de vinte e oito anos, de cabelos negros, sorrio para ele.
-- Bem vindo a liberdade, Rodrigo!
-- O que você veio fazer aqui? Não é mais minha esposa, se divorcio de mim assim que eu vim parar aqui, e se casou com aquele homem! Você se casou com Glauber Zonaro! E ainda teve um filho com ele!—Disse Rodrigo.
-- Figuei desesperada, Rodrigo, sem chão.—Disse EVA.
-- Eu não matei o filho dele! Fui condenado injustamente! Mas eu vou descobrir quem fez isso, pode ter certeza.—Disse Rodrigo determinado.
-- Você vai para a fazenda do seu irmão?—Perguntou Eva.
-- é o único lugar que tenho para ir.—Disse ele.
-- Eu levo você.—Ela pegou em seu braço, ele puxou bruscamente.
-- Muito obrigado, mas eu não preciso de sua carona!
Rodrigo deu lhe as costas e foi embora, deixando Eva, com lagrimas nos olhos.
-- O filho é teu, idiota, meu filho é teu. Só me casei com Glauber, para não passar fome. Eu ainda te amo, Rodrigo!
Mas ele já estava longe, caminhando, com passos largos e apressados.
DOIS DIAS DEPOIS...
SÃO PAULO...
MIRANDA colocou o fone no gancho e deu um grito de alegria, chamando por Carolina. Carolina desceu as escadas, apressada.
-- Filha, aconteceu uma coisas maravilhosa! O advogado de Samuel entrou em contato com a gente, e vem aqui falar CONOSCO dentro de duas semanas! Seu pai está morrendo, e tudo, tudo será seu! Não estamos mais pobres,minha filha!—Disse Miranda exultante.
-- Meu Deus, eu não acredito! Eu vou herdar tudo! Mas ele não tem um irmão?
-- Ele não suporta o irmão! Rodrigo é prova viva da traição Da mãe dele com outro homem! Teremos novamente dinheiro, filha! Precisamos comemorar! E com champanhe!
Do alto da escada, Cristal presenciava a alegria da mãe e da filha. Ela não foi notada. AS duas estavam por demais, fazendo planos com a herança que Carolina ia receber.
Uma semana depois...
Rodrigo estava morando na fazenda de seu irmão Samuel.
Samuel estava em seus últimos momentos de vida, e Rodrigo estava ao seu lado na cama, pois ele queria falar com ele.
-- Você me chamou, Samuel?—Perguntou Rodrigo…
Rodrigo tinha trinta anos e Samuel quarenta e sete.
-- Estou morrendo, você sabe disso, não sabe? Deve estar feliz!
-- Não, Samuel, eu nunca quis o Seu mau.—Disse Rodrigo.
-- Pois eu sim. Sempre odiei você, você é a prova viva da traição de nossa mãe, ela traiu o meu pai! E foi por isso que o meu pai se matou.—Disse Samuel cheio de rancor.—E eu odiei tanto a nossa mãe, tanto pelo que ela fez! Ela agiu como uma vagabunda, uma ordinária, que tinha um marido maravilhoso para ela, e o traiu com outro dez anos mais jovem que ela.Eu nunca soube quem foi o filho da mãe, nunca consegui arrancar o nome do maldito! Se eu soubesse, eu o mataria com as minhas própria mãos.—Samuel deu um longo suspiro, o ar começou a fugir de seus pulmões, mas ele continuou falando.—Sabe que não vai ficar com nada que e meu, não sabe? Flávio vai encontrar a minha filha, e ela será a única herdeira.
-- Eu não quero o seu dinheiro, Samuel.—Disse Rodrigo.
-- Mas eu deixei uma clausula no testamento. Se dentro de dois anos a minha filha não for encontrada, ou por azar ela estiver morta, você herda tudo!Mas isso é praticamente impossível, eu sinto que a minha filha está viva, e vai ser encontrada.
-- Eu torço para que a encontre.—Disse Rodrigo.
-- Tenho uma coisa para lhe dizer: A nossa mãe não morreu ao dar a luz a você...
Rodrigo levantou a cabeça, seu rosto mostrou-se supreso.
-- não? De que que ela morreu então?—Perguntou Rodrigo.
-- A nossa mãe não morreu, ela está viva! Assim que ela deu a luz, eu estava com muita raiva, com ódio, eu internei em um sanatório!
Capitulo:04
-- Você fez o que?—Rodrigo levantou-se da cadeira, e foi até o outro lado do quarto.—Samuel, você é pior do que eu pensava! Por Deus, não! Você não pode ter feito isso!
Cidade de Nova Fortaleza.
Casa do advogado Flávio.
-- Por que não contou a Samuel que você já encontrou a sua filha?—Indagou Saulo.
-- Não quero dar o prazer a ele, dele ver a filha antes de morrer. O que ele sempre fez com Rodrigo e continua fazendo, é algo abominável! Rodrigo não tem culpa pelo que a mãe fez. Ele não vai deixar nada para Rodrigo. Tudo vai ficar para... para Carolina. Isso não é justo. -- Disse Flávio.
--Carolina... nem me fale nela. Aquela menina era a maldade em pessoa.-- Disse Saulo.
-- Mas mesmo assim, você fazia parte do grupinho dela.—Disse Fla´vio.
-- E você não sabe como eu me arrependo por isso.—Disse Saulo.
A lembrança daquela noite, veio em sua mente. Carolina erguendo o chicote, para dar a primeira chicotada no homem amarrado no tronco da árvore. Depois os outros, e ele também
Um arrepio percorreu o corpo de Saulo ao lembrar-se daquela noite.
FAZENDA DO LAGO
-- Por Deus, Samuel, me diga, onde está a minha mãe? Onde você a internou?
Samuel deu um orriso.
-- Eu não vou dizer, eu vou levar esse pequeno segredo comigo.
-- Será que nem morrendo, você muda?—Por Deus, me diga, onde está a nossa mãe?
-- Encontre-a você mesmo, bastardo!
Samuel morreu naquela noite.
São Paulo...
Mansão Dos Conti.
-- Ele morreu!—Gritou Miranda, assim que terminou de falar com Flávio pelo telefone.—O advogado dele acabou de ligar, Carolina. Você agora é uma mulher rica, somos ricas, não estamos pobres, minha filha! Carlos não nos deixou nada, mas Samuel te deixou uma grande fortuna!-- Disse Miranda.
Os Olhos de Carolina brilharam de felicidade.
-- Tudo para mim? Realmente ele não deixou nada para o meu tio? Rodrigo é o nome dele, não é?--Perguntou Carolina.
-- Claro que não deixou nada para aquele bastardo! É tudo seu, tudo nosso!-- Disse Miranda alegre e feliz.
Cristal estava em seu quarto, preparando-se para ir ver um emprego em uma clínica partricular, Ela era médica. O tão sonhado consultório que seu pai ia montar para ela, morreu junto com ele.
Carolina abriu a porta do quarto e entrou bruscamente. Os olhos dela estava vermelhos. Nas mãos ela segurava um revóvler e apontava para Cristal.
-- O que é isso, Carolina, você ficou louca!Abaixe essa arma! Você... você voltou a mexer com drogas!--Falou Cristal.
Ela deu uma gargalhada.
-- Foi uma comemoração, querida. Meu pai deixou uma fortuna para mim, enquanto que o seu para você só deixou dívidas!Eu nunca gostei de você, nunca gostei dele , eu só o tolerava, por causa do dinheiro dele, ele era um fraco, um covarde!--Carolina estava completamente drogada.
-- Eu não admito que você fale assim do meu pai!-- Falou Cristal.
-- Quem é você para admitir alguma coisa? Você não vale nada! E eu sempre quis acabar com a sua vida, eu sempre quis destruir você. Você vai para junto do seu pai, Cristal Antes de deixar essa casa, eu vou acabar com você!-- Ameaçou Carolina.
Ela começou a acionar a arma. Cristal foi para cima dela, disposta a arrancar-lhe a arma das mãos! Houve uma briga naquele momento pela posse do revólver!
Miranda entrou no quarto, no momento em que a arma disparou!
Uma delas tinha sido alvejada!
web novela de LOPES MARINHO
Uma delas foi alvejada?Qual delas?Cristal ou Carolina?
grandes surpresas viram por ai.Não Percam os próximos capitulos!
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