A mudança de rumos na personagem da menina Klara Castanho em “Viver a Vida”, que a princípio seria uma vilã, foi determinada por notificação do Ministério Público do Trabalho do Rio e simplesmente acatada pelo autor Manoel Carlos.
O órgão observou que o papel poderia acarretar a ela eventuais manifestações de hostilidade por parte do público, além da possibilidade de sérios danos psicológicos ao seu desenvolvimento.
Havia até o risco de o MP tentar tirar a atriz da novela se o planejamento fosse mantido.
Um outro autor da Globo, por sua vez, assistindo a tudo, faz a seguinte observação: “é cada vez mais o Estado querendo interferir nas nossas vidas. Querendo nos ‘ensinar’ como viver nossas vidas, sem trocadilho. Se fosse no Brasil, o filme "Poltergeist" não poderia ter sido rodado, por exemplo.
Mas fato consumado. “Viver a Vida” terá até o seu final o talento indiscutível de Klara Castanho, mas num papel diferente daquele inicialmente concebido.
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