A minissérie A História de Ester só estreia em janeiro na Record, mas a equipe – arte, figurino, maquiagem, fotografia e efeitos visuais - trabalha a todo vapor, há dois meses, no complexo de estúdios RecNov, em Vargem Grande, zona oeste do Rio, para levar o enredo de Vivian de Oliveira ao ar.
Ninguém nem imagina o trabalho e o exército de profissionais nos bastidores para reconstruir o universo do Império Persa, em 479 a.C, data da trama.
O diretor de arte, Alexandre Farias, contou ao R7, por exemplo, sobre a pesquisa realizada.
- Temos a consultoria de um historiador e usamos como suporte acervos de museus como o Louvre, em Paris, e o de Berlim, para reconstituir essa atmosfera.
Além disso, Farias também recriou peças baseadas em desenhos originais da época com a ajuda de quatro produtores de arte.
-Fiz o rhyton - a taça de vinho do rei para festas - o cetro e a coroa. Como não existia papel nesse tempo, também reproduzimos as placas de barro onde se escreviam com objetos em forma de cunha.
Já Edson Galvão, figurinista, conta que tem uma equipe de oito profissionais, voltada só para a confecção das roupas.
-São vários núcleos: judeus, harém e palácio do Rei Assuero (Marcos Pitombo). Ainda tem os figurinos das cenas de batalha, cerimônias e cortejo. São mais de 600 peças.
A maquiagem foi outro desafio. Marcelo Ancilotti afirma que a maior dificuldade foi descobrir a tonalidade de pele de cada etnia dos personagens e adaptar a caracterização dos atores.
- A atriz que faz a Tafnes, Lana Rodes, é loira e branca. Como ela vive uma egípcia tive que transformá-la em morena.
Ancilotti, que trabalha com mais 12 pessoas, ainda tem de driblar o inesperado.
-Essa semana o Paulo Gorgulho me disse que estava com alergia à cola para grudar a barba. Troquei o verniz e deu certo.
Nos estúdios, com a ajuda da tecnologia, foram reproduzidas cenas de batalha. Marcelo Brandão, supervisor de efeitos visuais, falou dos esforços para chegar o mais próximo a realidade da época.
-Gravamos com cerca de trinta figurantes para depois criarmos um exército de 1.600 soldados. Brandão tem uma equipe de 27 pessoas, que cria, em efeitos 3D, as fachadas da cidade de Susa, onde se passa a história, e a cenografia virtual do palácio do rei.
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