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domingo, 11 de agosto de 2013

O BLOG ESCRITOR TV APRESENTA.... O CONTO...




          A festa começou a “esquentar” mesmo depois que passou da meia noite. Dimas tinha acabado de chegar. Era um rapaz alto, bonitão, que estava sempre “pegando” todas as jovens que ele desejava. Naquela noite a escolhida foi uma loira, não muito alta, que estava em um canto, que parecia meio triste, sem nenhum animo para ir para uma pista de dança. Ele não deixaria aquela escapar, era uma delicia perfeita para o seu prato noturno. Sorrindo, ele foi com o seu 1.80 de altura ate ela.
           Os olhos verdes dele também sorriam maliciosamente.
            -- Aceita dançar comigo, gata triste?
            -- Desculpe, eu nem sei como vim parar aqui! Hoje a minha noite não é para festa.—Ela usava um batom vermelho, mas dava para notar a tristeza naqueles olhos azuis.—Na verdade, eu não queria estar aqui. Mas onde eu moro está tão quente, aqui pelo menos ter ar condicionado.
            Dimas deu um sorriso e colocou a mão sobre o ombro dela.
            -- Você é muito bonita. Quando eu olho para você, lembro-me de cama.
            -- Você está com sono?
            -- Não, meu bem, eu me lembro da cama para outra coisa.
            -- Desculpe, mas eu não sou esse tipo de moça.
            -- Será que não rola nenhum beijo? Essa boca avermelhada sua me deixou com vontade de dar um beijo.
            -- Não sei se você reparou mas ainda não nos apresentamos.
            -- Se for por causa disso eu me apresento agora: Dimas ao seu dispor na cama.
            Pela primeira vez, ela deu uma risada.
            -- Laura... Chamo-me Laura.
            -- Pronto, agora podemos nos beijar.—Disse ele tentando puxa-la para os braços para beija-la.
            -- Calma.—Falou ela olhando para os outros que dançavam, e depois se afastou de Dimas. Mas ele avançou para cima dela e roubou lhe um beijo.—Taradinho!—Disse ela.—Se quer o resto vai ter que me levar em casa.
            -- Te levo até no inferno se você quiser.
            -- É para lá mesmo que vamos. —Disse ela sorrindo.
            -- É engraçadinha também, além de linda. Vamos, minha querida para o inferno.
            Saíram de mãos dadas da festa, uma lua cheia prateava o céu. Já estavam andando durante meia hora, quando ele perguntou:
            -- Falta muito para chegar à sua casa?
            -- Não, já estamos chegando...
            Andaram mais dez minutos, então ela disse:
            -- Pronto, chegamos!
            Ele olhou para todos os lados.
            -- Mas aqui não tem casa nenhuma, só tem esse cemitério!
          -- É aqui mesmo, chegamos na minha casa!
          Um arrepio percorreu o corpo de Dimas de cima em baixo...
           -- Que brincadeira é essa? No cemitério só tem gente morta!
           Então ela deu uma gargalhada,, e houve um estouro naquele momento, ela ficou no meio de uma nuvem de fumaça, com cheiro de enxofre! E quando a fumaça se dissipou, ele não viu mais a moça linda e sim um ser horroroso, com chifres e escamas de peixe!
          -- Você ainda quer ir para o inferno comigo?
          Dimas estava sem fala, ele queria correr, gritar, porém não tinha forças...
          O ser horroroso estendeu a mão para ele, mas Dimas conseguiu balançar a cabeça negativamente e então conseguiu correr.... Dimas saiu correndo desesperado, e não percebeu quando pulou na frente do caminhão. O impacto foi fatal, o corpo de Dimas foi arremessado para longe.
           O motorista do caminhão parou, desceu com as mãos na cabeça, gritando que não havia tido culpa. Mas quando ele chegou até o lugar onde Dimas havia caído, não havia nenhum corpo lá... Apenas o sangue, muito sangue...


                                                      Lopes Marinho

           

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