Dançarina desde pequena, Gabriela Moreyra gostava dos palcos, mas nunca fez teatro. Foi portanto quase por acidente que entrou na profissão depois de um teste para a novela da Record “Bicho do mato”, em 2006. Contratada da emissora desde então, ela agora terá sua primeira protagonista. Em “Escrava mãe”, próxima trama de Gustavo Reiz que estreará no segundo semestre, depois de “Os Dez Mandamentos”, interpretará a escrava Juliana.
- Todo mundo quer oportunidades para crescer. Não esperava que a protagonista surgisse tão cedo, mas, quando apareceu a chance, pensei: ‘Estou preparada’ - diz ela, que já participou de “Caminhos do coração”, “Bela, a feia”, “Vidas em jogo”, “Balacobaco” e “Pecado mortal”.
Na história, fará par com o ator português Pedro Carvalho, o Miguel, e será maltratada pelo Comendador Almeida (Fernando Pavão). O elenco se reuniu pela primeira vez mês passado, em Campinas, onde ficará baseado. Os trabalhos acontecerão nos estúdios de Paulínia e na cidade cenográfica em Rio Claro (interior de São Paulo). Após apenas cinco dias de leituras do texto, os atores passaram a chamar Gabriela de Juliana.
- Depois da primeira reunião em Campinas, consegui dar uma relaxada. Conversei muito com o diretor (Ivan Zettel) e com os colegas. Estava apreensiva e ansiosa, mas agora já estou desenhando a personagem e imaginando como serão as cenas - conta a atriz, que passou um mês em testes e enfrentou outras 39 concorrentes.
Ela diz que o único pedido de Zettel foi explorar a doçura de Juliana, uma escrava que vai morar na casa grande e deixará os outros com inveja dos privilégios que terá. Fruto de um estupro, se tornará mãe da Escrava Isaura.
- Juliana acredita no lado bom das pessoas, mas não é boba. Pelo contrário, é forte. No decorrer da trama, enfrentará situações difíceis e vai sofrer muito - explica ela, que fez cenas pesadas já nos testes. - Foi um texto bem dramático, mostrando o dia a dia dos escravos, os conflitos, o açoite etc.
Segundo Gabriela, críticas são bem-vindas:
- Vou estar exposta, é natural que isso aconteça. Elas sempre ajudam e não vão influenciar negativamente meu trabalho. Mas dá um frio na barriga. A preocupação é em ser bem recebida e levar emoção ao público.
FONTE: PATRICIA KOGUT
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