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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Trecho do livro "Grávida do Conde Italiano", disponível na Amazon!


 

O som da sirene do carro policial estava cada vez mais perto.

Inesperadamente ouço passos e quando me viro, sou surpreendida pela presença de um homem ali na cozinha.

Avanço em direção a uma faca, mas ele me segura antes que eu a alcance. Tento me libertar, mas ele passa os seus braços fortes em mim, me arrastando para a porta, que dava para os fundos, para o mato, que levava a floresta.

-- Quer fazer o favor de parar de se debater?

-- Quem é você?

-- Apenas uma pessoa, que não quer que você volte para a cadeia. A gente precisa correr, ou eles vão pegar você!

Eu ainda não tinha visto o rosto inteiro daquele homem, apenas ouvia a sua voz, e pude sentir as forças dos seus braços, quando me tirou da casa.

A voz forte, máscula, dizia que precisávamos correr!

Os latidos dos cachorros chegaram até nós.

Agora ele apenas segurava em meu braço, e pude perceber que ele era alto e loiro.

-- Eles estão vindo, Antonella!

-- Como você sabe o meu nome?

-- Não importa como eu sei o seu nome, porra! Temos que fugir!     --Eu não vou sair daqui, enquanto você não me disser como sabe o meu nome!

-- Vai sair sim.

O homem me pegou, e me jogou por sobre os seus ombros, como seu fosse um saco de batatas.

Ele começou a correr comigo, com o latido dos cachorros cada vez mais próximo.

O danado era forte, pois eu não era tão maneira assim. Ele avançava pela floresta comigo, como se estivesse carregado uma pluma.

Eu estava de cabeça para baixo em seus ombros, mas dava ver o facho de luz das lanternas dos policiais por entre as árvores.

Quando chegamos à estrada, ele me colocou no chão, perto de um carro.

-- Como deu trabalho, mia cara! Entra no carro!

-- Não!

-- Entra no carro! Deixa de ser pirracenta!

Ele começou a andar em volta de mim, me deixando ainda mais assustada e perturbada.

-- Não faça perguntas e entre na porra do carro!

Ele avançou para cima de mim, pressionando o meu corpo contra o carro. Senti a extensão do seu corpo, enquanto e o seu rosto começava a se aproximar do meu.

Vi naquele momento a cor dos seus olhos que eram azuis.

Parecia que ele ia me beijar, pois os seus lábios, já estavam muito próximos dos meus.

Quando percebi o que ele realmente desejava fazer, era tarde demais, ele já cravava a agulha em meu pescoço, e eu fui perdendo os sentidos pouco a pouco em seus braços.

-- Essa era a última coisa que eu queria fazer, não me deu outra escolha.


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